O vinho do Porto que é do Douro

  • Filipe S. Fernandes
  • 28 Agosto 2017

Das serranias ao planalto mirandês e aos vales de Chaves, passando pelas encostas abraçadas ao rio Douro, a história de luta e aproveitamento dos recursos escassos no Alto Douro e Trás-os-Montes.

“Sempre disse que há uma grande afinidade entre vinho e famílias. Uma empresa com ações em bolsa tem de justificar a cada três meses os seus resultados porque o investidor quer um retorno imediato do seu dinheiro. Numa empresa familiar, a pergunta é se se plantaram cepas novas, pois só dentro de cinco ou dez anos começará a dar bons vinhos”, disse Paul Symington ao El País em 2015. Acrescentou que, quando começou na empresa da família, dominavam as multinacionais como a Bacardi, Seagram, Domecq: “Os maiores do mundo estavam no Douro. Perguntava-me como poderíamos competir. Quase 40 anos depois, eles não estão e nós continuamos aqui. Justifica-se esta missão de ter calma e olhar para o longo prazo. Família e vinho é uma combinação imbatível”.

Como diz na sua apresentação, a família Symington, com ascendência escocesa, inglesa e portuguesa, está no Douro desde 1882. Há cinco gerações, quando Andrew James casou com Beatriz de Carvalhosa. Mas, se “seguirmos a linhagem da família através da bisavó da atual geração, a ligação dos Symington aos vinhos do Douro recua no tempo 14 gerações, transportando-nos até meados do século XVII e aos próprios primórdios da história do vinho do Porto” e ao tempo de Walter Maynard, o primeiro inglês que enviou vinho para Inglaterra (1652).

A família Symington tem cerca de 1.000 hectares de vinhas no Douro e possui marcas tão diversas como Graham’s, Cockburn’s, Dow’s, Warre’s, Quinta do Vesúvio, Altano e o de que se produzem apenas 2.400 caixas a mais de 50 euros a garrafa porque a sua produção, em vinhas junto ao rio, exige muita mão-de-obra. “A única solução é produzir vinho de alta qualidade. Não podemos fazer vinho barato com estas condições climatológicas e geográficas”.

Nesta família reúnem-se as duas condições que fizeram a história e a saga do vinho que, feito no Douro, viu o nome ser arrebatado pelo Porto, destino final dos barcos rabelos que levavam as pipas pelo rio para serem exportadas para Inglaterra.

O grupo Fladgate Partnership tem marcas como a Taylor’s, a Fonseca ou a Croft, tendo faturado em 2016, 102 milhões de euros (61 milhões na área do vinho, 21 no turismo e 20 na Porto Rosé. Segundo o seu CEO, Adrian Bridge, “uma empresa com 325 anos tem pessoas que podem recontar a história, não só do vinho do Porto mas também da nossa cidade. É uma lógica para o investimento no turismo. O investimento no turismo implica que os nossos consumidores mundialmente nos possam visita”

Também por isso, em 2010 lançaram o hotel The Yeatman, um cinco estrelas em Gaia, com 82 quartos em 2,7 hectares e um investimento de quase 40 milhões de euros. Depois seguiu-se a compra do Hotel do Infante Sagres no Porto e da recompra do Vintage Hotel, no Pinhão no Douro, agora estão a projetar uma Cidade do Vinho para Gaia. Assim se liga o Porto, Gaia e o Douro num negócio e num modo de vida em que a busca de excelência se faz paradigma.

Em abril de 2017, o Barca Velha 2008 da Casa Ferreirinha – Sogrape recebeu 100 pontos na avaliação da Wine Enthusiast, tendo sido o primeiro vinho português não fortificado a atingir a pontuação máxima numa publicação norte-americana de referência. Em 2014, a Wine Spectator elegeu como melhor vinho do mundo o Dow’s Vintage de 2011 da Symington. Anos antes, tinham sido os vinhos do Porto da Symington como Dow’s 2007 Vintage Port com 100 pontos da Wine Spectator e o Dow’s 1955 Vintage Port com 100 pontos de James Suckling. Numa lista da revista norte-americana Wine Enthusiast, o Porto Quinta do Noval 2011 Nacional Vintage lidera a tabela dos 100 vinhos “para guardar e desfrutar” no futuro. Em 2017, o número de turistas no Douro ultrapassará o milhão pois, em 2016, pela via navegável do Douro — 201 quilómetros desde Barca d’Alva até ao Porto –, passaram 946.728 passageiros grande parte dos quais em cruzeiros com destino ao Douro, nomeadamente a Régua.

O Douro possui a região vitícola demarcada e regulamentada mais antiga a nível mundial, tendo sido criada no reinado de D. José I, pelo Marquês de Pombal, no ano de 1756 e que, em 2016, tinha 42.079 hectares de vinha. O rio Douro e respetivos vales, encostas e patamares surgem como os elementos geográficos estruturante de todo este território, sendo o centro de uma densa rede hidrográfica que apresenta importantes afluentes (na margem direita, os rios Sabor, Tua, Corgo, Pinhão e Sabor e, na margem esquerda, os rios, Varosa, Tedo, Távora, Torto e Côa). A cultura da vinha e do vinho constitui-se como a base fundamental do sustento económico da região, possuindo uma marca e imagem de relevo à escala nacional e internacional, desde do vinho generoso ao vinho de mesa, passando pela elevada qualidade dos espumantes naturais.

Campeã na produção

A região do Douro é a região nacional com maior produção de vinho, com 1.333.613 hectolitros em 2016/17, correspondente a 22% da produção nacional de vinho, e tem a Via Navegável do Douro, inaugurada em toda a sua extensão de 210 quilómetros desde Barca d’Alva até ao Porto em 1990. Os produtores e os comerciantes da Região Demarcada do Douro acordaram, para a vindima de 2017, a sexta subida anual consecutiva do benefício, para um total de 118.000 pipas (de 550 litros cada) de mosto generoso para produção de vinho do Porto, um aumento de 3.100 pipas em relação ao ano passado. Em 2011, o benefício teve uma quebra ficando-se pelas 85.000 pipas. O “benefício” é a quantidade de mosto generoso que, somando a aguardente que é preciso adicionar, fixa a quantidade de vinho do Porto que pode ser produzida na vindima seguinte. Até maio de 2017, as vendas de vinho do Porto ultrapassaram os 117 milhões de euros, mais 2,6% face ao período homólogo. A França, com uma quota de quase 25%, continua a ser o melhor mercado para este produto, seguindo-se Portugal com 17,5% do total.

A Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP) reúne 14 empresas que representam cerca de 90% da comercialização de Vinho do Porto e 35% dos vinhos de mesa do Douro. São estas as empresas mais influentes do Douro e que se contam a Ramos-Pinto, C. da Silva (Vinhos), Gran Cruz Porto, J.H. Andresen, Manoel Poças Junior, Niepoort, Porto Réccua Vinhos, Grupo Symington, Quinta do Noval, Fladgate Partnership, Vinhos Borges, Sogevinus, Rozés e Sogrape.

Os últimos números do IVDP de 2016 registavam 357 vitinicultores/engarrafadores e 481 produtores que são também engarrafadores ou armazenistas. Para Adrien Bridge, CEO da Fladgate Partnership, “no Douro quem faz grandes investimentos, quem cria empregos, são uns 600 lavradores profissionais. As outras pessoas que vivem no Douro, que fazem meia pipa anualmente, precisam de emprego. Ou o arranjam nas grandes quintas, ou em outros setores, como no turismo”. Por isso, este gestor defende a liberalização do mercado, uma reivindicação que vai contra o status quo duriense que pretende defender os pequenos proprietários e produtores e para que o benefício é a sua maior fonte de receita e mesmo a sua única fonte de rendimento.

Se fizéssemos um Simplex para o Douro, haveria novos investidores e os investidores precisam de trabalhadores – de técnicos, de engenheiros –, isto criaria mais emprego e gerava-se uma bola de neve importante que poderia regenerar o vale do Douro.

Adrien Bridge

CEO da Fladgate Partnership

“Se eliminássemos o benefício, qualquer dono podia fazer o que quisesse, o valor das quintas aumentava, atraíam-se outros investidores estrangeiros – eles não entendem estes regulamentos todos, que dizem o que se pode ou não podem fazer. Se fizéssemos um Simplex para o Douro, haveria novos investidores e os investidores precisam de trabalhadores – de técnicos, de engenheiros –, isto criaria mais emprego e gerava-se uma bola de neve importante que poderia regenerar o vale do Douro”, disse Adrien Bridge numa entrevista ao jornal Público.

As acessibilidades e o turismo

A região do Douro é um território unido em torno do rio e é fronteira, a sul, das regiões do Alto Tâmega e das Terras de Trás-os-Montes, marcadas pela regressão demográfica, que é característica dos territórios de baixa densidade e de interioridade e pelo crescente envelhecimento populacional. A região do Douro possui uma área de aproximadamente 4.112 Km2 e é composta por dezanove concelhos. A Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega (CIM AT) abrange os municípios de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar, a CIM AT apresenta uma superfície de 2.922 km2 e compreende um total de 94.143 residentes. O município mais populoso é o de Chaves, com mais de 40.000 habitantes. A CIM-TTM estende-se por cerca de 4.370 km², sendo geograficamente limitada a Norte e Este por Espanha (Galiza e Castela e Leão), a Sul pela CIM do Douro e a Oeste pela CIM do Alto do Tâmega. Os níveis de formação e qualificação em Trás-os-Montes e Douro são comparativamente inferiores aos da média nacional mas têm acompanhado a tendência nacional de aumento dos níveis de qualificação da população.

O sistema urbano do Douro destaca-se pela expressão funcional exercida pelo eixo urbano – Lamego, Peso da Régua e Vila Real, com uma extensão de cerca de 40 Km e que concentra cerca de 44% da população residente na comunidade intermunicipal do Douro e estende-se para o Alto Tâmega no eixo Chaves – Vila Real – Régua e de Lamego a Viseu e Mirandela e Bragança. Trata-se de um eixo estruturante para a consolidação de uma malha urbana coesa no nordeste português, articulando o litoral e o interior transmontano. Este eixo agrega a totalidade dos estabelecimentos de ensino superior existentes da região (Universidade da Trás-os-Montes e Alto Douro e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego). Verifica-se ainda que a Área Metropolitana do Porto (AMP) exerce sobre o Douro um efeito de polarização e de influência funcional, desde logo, por se constituir como a segunda centralidade do sistema urbano nacional e o maior polo urbano do Norte do país.

Estas regiões têm características morfológicas e geográficas que dificultaram o acesso às principais vias de comunicação nacionais, e a levada distância dos principais centros de decisão políticos e económicos contribuíram para um relativo isolamento da região. Hoje, a malha de acessibilidades assenta essencialmente em três eixos viários principais: A4/IP4 (relação Porto/ Vila Real/ Mirandela/ Bragança), A24/ IP3 (relação Viseu/ Lamego/ Peso da Régua/Vila Real/Vila Pouca de Aguiar) e, ainda, de um itinerário principal: IP2 (relação Guarda/ Vila Nova de Foz Côa/ Pocinho/ Bragança). No Alto Tâmega, a A24 faz a ligação entre a A25 (em Viseu) e Chaves, possibilitando ainda a ligação ao IP4 ou à A4 em Vila Real, à A7 ou ainda à A52 que começa em Benavente e termina em O Porriño, em Espanha. A A7 inicia-se na Póvoa de Varzim, na ligação com a A28 e termina em Vila Pouca de Aguiar no nó com a A24, e assume-se como a via mais relevante na ligação ao litoral, nomeadamente à Área Metropolitana do Porto através da A3 ou da já referida A28. Estes nós com a A24 e A4 melhoraram substancialmente o panorama com as principais ligações a serem ligações rodoviárias: IP2, A4/IP4 e IC5 na região de Bragança. Esta cidade conta ainda com um aeródromo com uma ligação aérea a Lisboa. Terá também breve uma ligação à rede ferroviária de alta velocidade europeia, quando estiver concluída a linha do AVE — o TGV espanhol — que ligará Zamora a Puebla de Sanabria, que fica a cerca de 40 quilómetros.

No que se refere à rede ferroviária destaca-se a importância da linha do Douro, que se desenvolve entre a cidade do Porto e Barca d’Alva, que gera fluxos de turismo e visitação. Neste contexto importa ainda destacar a relação entre os operadores turísticos e a companhia Comboios de Portugal, que permite articular os cruzeiros de barcos turísticos com a rede ferroviária.

Em termos portuários e aeroportuários, estão mais próximas destas estruturas através do Porto – Leixões e Aeroporto Sá Carneiro. O Alto Tâmega dispõe da Plataforma Logística de Chaves, desenhada em função da estratégia da rede logística nacional/internacional e beneficiando das relações estabelecidas no Noroeste Peninsular em função da acessibilidade potenciada pela A24. Esta estrutura abrange uma área de terreno de aproximadamente 99.000 m2 e desenvolve-se em diferentes setores com objetivos distintos, concretizando-se em armazéns e atividades logísticas, edifícios de serviços e comércio, áreas verdes e infraestruturas comuns.

Estas novas ou renovadas vias de comunicação promoverem novas dinâmicas de desenvolvimento local e empresarial, ainda que a comunicação entre aldeias e localidades intramunicipais seja ainda deficitária.

Em 1990 o Douro passou a ser navegável do Porto até Barca de Alva o que permitiu criar uma nova indústria de turismo de cruzeiro e hoje são mais de cem barcos a sulcar o rio. Em 1993 Mário Ferreira começou com o seu primeiro barco a navegar no Douro, tendo pouco depois adquirido a marca Douro Azul. Hoje a sua holding Mystic ystic Invest – é um dos principais operadores europeus no segmento de cruzeiros fluviais com a DouroAzul que tem uma frota de 11 navios-hotel que realizam cruzeiros de luxo no rio Douro, Nicko Cruises, com 19 navios-hotel, que realizam cruzeiros em 12 países e três continentes distintos e os cruzeiros internacionais no rio Amazonas. Este é apenas um exemplo de um mercado que se expandiu em pouco mais de trinta anos. Em julho de 2015, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) apresentou o Via Navegável do Douro (VND) – Douro’s Inland Waterway 2020, um projeto orçado em 74 milhões de euros, com a duração de cinco anos, que visa potenciar o transporte de mercadorias e permitir que o rio seja utilizado 24 horas por dia.

Segundo dados fornecidos pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), desde 2001 e nos diversos ciclos comunitários que foram implementados até ao mais recente, o Portugal 2020, foram aprovados 7.106 projetos para o Alto Douro Vinhateiro, com um investimento de 1.650 milhões de euros e um apoio da União Europeia de 1.050 milhões de euros.

Parte destas verbas foi aplicada em unidades hoteleiras, empresas de dinamização turística, na navegação do rio Douro, na construção de infraestruturas rodoviárias como o Túnel do Marão ou a Autoestrada Transmontana, ainda em instituições de investigação e ensino, ou com o projeto de erradicação de manchas de inertes — o Douro Limpo.

O enoturismo é um produto turístico estrutural da região, porque é um fator de conjugação entre ambiente/paisagem e cultura/património, que interessa potenciar sobretudo quando se está na presença de dois patrimónios mundiais (UNESCO), como o Alto Douro Vinhateiro atribuído em 2001 pelo facto de se tratar de uma região única que associa as virtudes do solo de xisto, a exposição solar e as características singulares de um microclima e em que a paisagem, moldada pelo homem (paisagem cultural) é feita da cultura do vinho, da oliveira, da amendoeira, com elementos de interesse arquitetónico e patrimonial. Anteriormente, em 1998, os sítios de Arte Rupestre do Vale do Coa considerados um dos locais mais importantes de arte rupestre do mundo, nomeadamente de arte rupestre paleolítica de ar livre. No Vale do Coa existem 265 locais arqueológicos e 31 sítios com gravuras na pedra, espalhados numa área de 200 Km2, uma parte significativa que se encontra inacessível.

Existe uma rede de património construído — desde igrejas, capelas, mosteiros dos séculos XII/ XIII como S. João de Tarouca e Salzedas, solares, edifícios e pontes medievais e renascentistas, museus — como é o caso do Museu do Douro e os museus municipais e os edifícios da região do Barroco, como é o do Palácio de Mateus ou o Solar da Rede, Santuário da Nossa Senhora dos Remédios.

Do ponto de vista das estruturas de apoio turístico existe ainda a rede de Aldeias Vinhateiras com Barcos, Favaios, Provesende, Salzedas, Trevões e Ucanha, a rede de miradouros como os miradouros de São Leonardo da Galafura, de São Salvador do Mundo e de Penedo Durão e as vias panorâmicas que consistem na estrutura de corredores viários que proporcionam um sistema de vistas panorâmicas sobre o rio Douro, sendo de destacar a EN222, a denominada “via romântica”.

Tem ainda um conjunto significativo de áreas de salvaguarda e proteção ambiental, como é o caso do Parque Natural do Alvão e o Parque Natural do Douro Internacional e espaços afetos à Rede Natura 2000, como Alvão/Marão e a Serra de Montemuro.

Para Norte, no Alto Tâmega, a oferta passa pelo turismo termal e em espaço rural com as Termas de Chaves, com uma longa tradição de exploração que remonta aos Romanos, as Termas de Vidago; as Termas de Pedras Salgadas com quatro nascentes com águas hipotermais e as Termas de Carvalhelhos.

A Unicer, que tem a empresa VMPS — que explora as águas minerais das Pedras Salgadas –, recuperou hotel histórico e de luxo, o Vidago Palace, reconvertido num complexo de cinco estrelas com SPA, centro de congressos, espaço cultural e um campo de golfe com dezoito buracos apto para competições internacionais e investiu 20 milhões de euros em Pedras Salgadas, concretizado numa unidade hoteleira de 12 eco-houses para alojamento turístico no parque termal de Vila Pouca de Aguiar, o Pedras Salgadas Spa & Nature Park. O grupo Solverde investiu cerca de 50 milhões de euros para criar o complexo turístico Hotel Casino Chaves, de quatro estrelas com 72 quartos e um casino.

Esta região oferece ainda um relevo acidentado como as Serras do Larouco, do Gerês, da Cabreira, do Alvão, com quedas de água entre as maiores da Europa, da Padrela, do Barroso e da Falperra com 1134 metros de altitude. A Serra da Padrela não alcança os 1200 metros de altitude e divide-se entre os concelhos de Valpaços e Vila Pouca de Aguiar. Existe ainda a Rota do Azeite que se distribui um pouco por toda a região.

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