Lucros da Jerónimo Martins encolhem para 285 milhões
Nos primeiros nove meses do ano, os lucros do grupo que é dono do Pingo Doce cifraram-se em 285 milhões de euros. As vendas ascenderam a 11,9 mil milhões de euros.
A Jerónimo Martins lucrou 285 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma quebra acentuada face ao mesmo período do ano passado quando a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos alienou a Monterroio. Sem este efeito, os resultados líquidos até teriam subido. As vendas ascenderam a 11,9 mil milhões de euros.
Os resultados líquidos “atribuíveis a Jerónimo Martins cifraram-se em 285 milhões de euros”, uma quebra de 43,1% face ao período homólogo. “Excluindo dos primeiro nove meses de 2016 a contribuição da Monterroio e a respetiva mais-valia na venda, os resultados cresceram 7,1%“, refere a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O EBITDA do grupo foi de 669 milhões de euros nos primeiro nove meses, um crescimento de 6,7% relativamente ao ano anterior (+5,1% a taxas de câmbio constantes)”, sendo que o “EBITDA dos negócios estabelecidos (excluindo a Ara e a Hebe) aumentou 9,7%”, nota a empresa. Em termos de vendas, estas “atingiram 11,9 mil milhões de euros nos nove meses de 2017, 11,1% acima do mesmo período do ano anterior (+9,3% a taxas de câmbio constantes)”.
“O crescimento LFL [em termos comparáveis] das vendas do grupo foi de 6,6% nos primeiros nove meses do ano, impulsionado pelos fortes desempenhos da Biedronka e Recheio e pela resiliência do Pingo Doce”, sublinha a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos. Relativamente à Biedronka, a empresa destaca o “crescimento LFL de 9,0%, levando as vendas totais a aumentar 13,1% (+10,7% em moeda local) para os 8,1 mil milhões de euros”.
Contexto desafiante na Polónia
“No quarto trimestre continuaremos focados nas vendas e no reforço das posições de mercado em todos os países onde operamos“, diz Pedro Soares dos Santos na apresentação dos resultados dos primeiros nove meses. Na mesma mensagem, publicada no comunicado enviado à CMVM, o líder da Jerónimo Martins diz, contudo, que o ambiente na Polónia é “desafiante”.
“Para a Biedronka, que enfrentará a comparação homóloga mais difícil do ano, os últimos três meses serão dedicados à dinamização das vendas e à conclusão do programa de investimento, incluindo a abertura de um centro de distribuição, de cerca de 70 novas lojas e a remodelação de cerca de 70 unidades”, refere. “Espera-se que o contexto na Polónia se mantenha desafiante, com uma forte intensidade concorrencial e elevada pressão sobre os custos, particularmente os relacionados com o trabalho“, remata.
Em Portugal, “o Pingo Doce e o Recheio manterão as vendas como sua primeira prioridade. No Pingo Doce, o processo de revisão e ajustamento dos pacotes remuneratórios que se encontra em curso exercerá, já no quarto trimestre, uma pressão adicional sobre a margem EBITDA que se espera venha a ser parcialmente compensada pelo bom desempenho da companhia”.
(Notícia atualizada às 17h36 com mais informação)
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