Depois de Prada e Armani, Gucci é suspeita de evasão fiscal
Escritórios italianos da Gucci foram alvo de buscas pela polícia. Autoridades procuravam provas de que marca de luxo declarou lucros das vendas feitas em Itália na Suiça.
Depois da Prada, Giorgio Armani e Dolce&Gabbanna se terem visto a braços com a regulação fiscal, é agora a vez da Gucci enfrentar a lupa do fiscalizador. A marca de luxo confirmou, esta segunda-feira, que os seus escritórios em Milão e Florença foram alvo de buscas policiais a semana passada. O motivo? Suspeitas de evasão fiscal.
A revista aos espaços da empresa que faz parte do grupo francês Kering tinha sido anunciada este sábado, pelo italiano La Stampa. Segundo o jornal, a polícia passou três dias à procura de provas de que a gigante da moda escolheu declarar os lucros obtidos com as vendas em Itália no regime fiscal suíço (que é mais favorável). A confirmar-se, a Gucci terá assim “poupado” em impostos 1,3 mil milhões de euros, ao longo de vários anos.
“[A companhia] está a cooperar com as autoridades e está confiante na transparência e correção das suas operações”, assinalou a marca de 96 anos, em comunicado citado pelo The Guardian. No terceiro trimestre de 2017, a Gucci registou um crescimento de 49,9% nas suas vendas.
Em 2014, a casa de luxo Prada foi igualmente alvo de suspeitas de evasão fiscal, totalizando uma “poupança” em impostos de 470 milhões de euros. Os líderes da empresa acabaram, nessa ocasião, por acordar o pagamento de 420 milhões de euros. Mais recentemente, a Giorgio Armani também se viu forçada a pagar 270 milhões de euros, no quadro de uma disputa sobre que regime fiscal aplicar às suas subsidiárias estrangeiras. No mesmo ano, os criadores da Dolce&Gabbana foram igualmente acusados de fraude fiscal. O caso entretanto foi fechado, com a retirada das acusações.
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