Governo norte-americano bloqueia aquisição do MoneyGram por firma chinesa
Subsidiária do grupo chinês Alibaba retirou oferta pela empresa de transferências de dinheiro.
Uma subsidiária do grupo chinês Alibaba retirou esta quarta-feira uma oferta pela empresa de transferências monetárias MoneyGram, depois de um comité do governo norte-americano ter travado o negócio.
O presidente executivo do MoneyGram International Inc., Alex Holmes, a empresa não conseguiu a autorização do Comité para o Investimento Externo dos Estados Unidos para concretizar a venda à subsidiária da Alibaba, por 1,2 mil milhão de dólares (995 milhões de euros). O comité é responsável por rever aquisições por entidades estrangeiras suscetíveis de ameaçar a segurança nacional dos Estados Unidos.
“A situação geopolítica alterou-se consideravelmente desde que anunciamos o acordo”, afirmou Holmes, em comunicado. “Apesar dos nossos esforços para trabalhar em conjunto com o Governo dos Estados Unidos, é agora evidente que o Comité para o Investimento Externo não aprovará” o negócio, acrescentou. Após o anúncio, as ações do MoneyGram, que está cotado no mercado para firmas tecnológicas Nasdaq, recuaram quase 7%.
A Ant Financial, subsidiária do gigante chinês do comércio eletrónico Alibaba, tinha concordado em janeiro de 2017 adquirir o MoneyGram. Firmas chinesas têm realizado grandes aquisições de empresas tecnológicas e marcas estrangeiras, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos.
A maioria dos negócios decorre sem incidentes, mas outros suscitam críticas devido à possibilidade de representaram uma ameaça à segurança do respetivo país ou à perda de ativos importantes.
Em setembro passado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, bloqueou a compra de um fabricante de semicondutores do estado de Oregon (noroeste dos EUA) por uma empresa financiada pelo Governo chinês, por motivos de segurança. O grupo Alibaba foi fundado por Jack Ma, um dos homens ricos da China, que visitou Trump na sua torre em Manhattan, depois da vitória nas presidenciais norte-americanas, em novembro de 2016.
Na altura, o grupo chinês afirmou que podia criar um milhão de postos de trabalho nos Estados Unidos, ao apoiar pequenos negócios a vender os seus produtos no mercado chinês. Após o encontro, Trump afirmou que Ma era um “empreendedor fantástico”.
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