Moedas digitais? “Está a ser preparada uma resposta”, diz o BCE
"Eu esperaria que a discussão dos G20, em Buenos Aires, no próximo março, se centrasse muito nestes assuntos", diz Benoit Coeuré, membro do BCE, em Davos.
As criptomoedas chegaram a Davos. No Fórum Económico Mundial, onde se juntam centenas de políticos de topo e líderes de organizações governamentais a milhares de empresários, Benoit Coeuré, membro do conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE), garantiu que as moedas digitais estão na agenda internacional e deverão ser discutidas no encontro dos G20, que terá lugar na Argentina, em março.
“A comunidade internacional está a preparar uma resposta para este assunto [o das criptomoedas] e eu esperaria que a discussão dos G20, em Buenos Aires no próximo março, se centrasse muito nestes assuntos” afirmou Benoit Coeuré, citado pela Reuters.
Esta não foi a primeira referência às criptomoedas em Davos. Christine Lagarde, a responsável do Fundo Monetário Internacional (FMI), alertou para o problema de consumo de energia que as moedas virtuais impõem. “Apontamos para que, em 2018, se o sistema continuar assim, irá consumir tanta energia como a Argentina”, disse a líder do FMI.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, também se mostrou preocupada com a proliferação destas moedas e afirmou que há um risco grande de as mesmas serem usadas para fins criminosos, o que leva os Governos a terem de as vigiar de uma forma “muito séria”.
Recentemente, fora do encontro do Fórum Económico Mundial, Bruxelas declarou-se “vigilante” em relação às criptomoedas e solicitou aos Estados-membros que transpusessem as regras criadas em dezembro “o mais rapidamente possível”. O receio da Comissão Europeia é que as criptomoedas se tornem “o símbolo do comportamento ilegal”, disse o vice-presidente para o euro e o diálogo social, Valdis Dombrovskis, após o encontro dos ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin).
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