BCP afunda mais de 8% após fusão das ações
As ações do Banco Comercial Português já caíram mais de 8%. Analistas tinham alertado que o banco poderá negociar com volatilidade, já que o mercado está a ajustar-se à fusão das ações.
As ações do Banco Comercial Português estão em queda acentuada. Este é o segundo dia depois de o banco ter procedido ao agrupamento de 75 ações numa só. Os analistas dizem que os títulos podem negociar com volatilidade, já que os investidores estão a ajustar-se a esta operação, conhecida como reverse stock split.
Os títulos já tocaram um mínimo de 8,4% para 1,196 euros. Recentemente, o BCP desce 3,5% para 1,2580. No total, mais 58 mil milhões de ações do BCP “desapareceram” com o reverse stock split e já não foram para a praça esta segunda-feira. Cada “novo” título do banco passou a valer mais de 1,3 euros, o mesmo que 75 ações “velhas” na casa dos 1,8 cêntimos. A fusão era uma das exigências do grupo chinês Fosun para integrar o capital da instituição.
Ações do BCP em queda acentuada
A queda do BCP está a arrastar o índice PSI-20 para terreno negativo. A bolsa nacional cai 0,4% para 4720,81. Analistas do BPI já tinham dito que o “BCP deverá negociar de forma volátil, com os investidores a ajustarem-se ao reverse stock split que a ação sofreu”. A queda também compara com a subida de 0,3% do Stoxx Europe 600.
Além da fusão das ações, os chineses pediram ao banco português que aumentasse do limite de votos de 20% para 30% e alargasse o número de membro do conselho de administração. É exatamente para isso que os acionistas do BCP vão ser chamados para uma assembleia geral agendada para o próximo dia 9 de novembro. Nuno Amado apresentará contas no próximo dia 7 de novembro.
No entanto, Pedro Lino, CEO da DifBroker, disse que o interesse da Fosun não é suficiente para inverter a trajetória do banco. “O interesse da Fosun nas ações do BCP, deu algum suporte, mas não será suficiente para inverter o rumo. Será necessário que os resultados operacionais mostrem que o banco é merecedor da confiança dos investidores”, explica o CEO.
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