Despesa na investigação continua a cair para 1,28% do PIB
Em 2015 havia 7,6 investigadores por cada mil habitantes ativos. As empresas e as instituições de Ensino Superior estão quase empatadas sobre quem mais gasta em Investigação & Desenvolvimento.
A despesa total em investigação e desenvolvimento caiu em Portugal, em 2015, para 2.289 milhões de euros, o equivalente a 1,28% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, revela um relatório hoje divulgado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência.
Segundo os resultados do Inquérito ao potencial científico e tecnológico nacional, que ainda tem resultados provisórios para 2015, a despesa total em investigação e desenvolvimento tem vindo a diminuir desde 2011, ano em que ascendeu a 1,46% do PIB (Produto Interno Bruto, que define a riqueza do país).
Em 2015, o grosso da execução da despesa total em investigação e desenvolvimento voltou a estar concentrado nas empresas (47%) e nas instituições de ensino superior (46%).
É difícil comparar a evolução da despesa entre estes dois setores. Junto das empresas torna-se claro que houve uma pequena diminuição do investimento ao longo destes cinco anos, de 1216,3 milhões de euros em 2011 para 1078,6 milhões em 2015. Já as instituições de ensino superior mostram um aumento que se deve em parte a uma quebra de série em 2013, quando várias Instituições Privadas sem Fins Lucrativos, que são identificadas separadamente no inquérito desta Direção-Geral, foram reafetadas ao setor Ensino Superior. Assim, é difícil saber a tendência do investimento na investigação deste último setor entre 2011 e 2015 tomando em conta essa quebra de série, mas o valor registado em 2011 era de 933,8 milhões de euros, e em 2015 era de 1041,7 milhões de euros.
O documento assinala que o número total de investigadores chegou, no ano passado, aos 39.580, mais 1.425 comparativamente a 2014, mas menos 4.476 e 2.918 face a 2011 e 2012, respetivamente. Os investigadores voltaram, em 2015, a fixar-se, sobretudo, no ensino superior (26.297) e nas empresas (11.461).
Havia em Portugal 7,6 investigadores por cada mil habitantes ativos em 2015. São menos do que os registados em 2011 e 2012, mas devido a uma outra quebra de série em 2013, que redefiniu qual o pessoal técnico que deveria ser considerado investigador, é incorreto fazer uma comparação direta entre esses valores.
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