Bancos centrais desequilibrados. Mulheres perdem na liderança
A saída de Janet Yellen do cargo de presidente da Reserva Federal Americana, lugar que cedeu a Jerome Powell, foi o fator que mais pesou na quebra deste índice.
Os números da igualdade de género nos bancos centrais já não eram equilibrados em 2017, mas em 2018 pioraram. Há menos mulheres a ocupar altos cargos nestas instituições financeiras — com o índice que mede este equilíbrio a recuar dos 31% para os 19% a nível mundial. A saída de Janet Yellen da Fed traz maus resultados à representatividade feminina.
A descida de Janet Yellen da cadeira de presidente da Reserva Federal Americana, lugar que cedeu a Jerome Powell, foi o fator que mais pesou na quebra deste índice. Só na América do Norte, os níveis de igualdade de género caíram de 68% para 24%, segundo os dados do Official Monetary and Financial Institutions Forum, que revelou o Gender Balance Index, nota a Bloomberg (conteúdo em inglês/acesso condicionado). Este índice tem em conta não só a quantidade de mulheres nos cargos de chefia mas também o nível de senioridade.
Com a grande quebra nos EUA, é a Europa que consegue a dianteira entre as seis regiões avaliadas — América do Norte, América Latina e Caraíbas, África, Médio Oriente e Ásia Pacífico. O Velho Continente regista mesmo melhorias em relação ao ano anterior, contrariando a tendência geral. Contudo, fica-se pelos 35% no índice.
Entre os 25 membros do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu, só há duas mulheres. A Europa tem a oportunidade de mostrar melhores números no final deste ano, quando os mandatos de quatro membros do conselho executivo terminam o prazo.
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