Trump arrasa Wall Street. Bolsas com maior queda em mais de um mês

  • Rita Atalaia
  • 22 Março 2018

O presidente dos EUA decidiu impor tarifas de 60 mil milhões de dólares à China, que vai retaliar. Uma decisão que agitou as bolsas norte-americanas, arrastando Wall Street para o vermelho.

Donald Trump anunciou tarifas às importações oriundas da China. Uma decisão que agitou as bolsas norte-americanas, com destaque para a queda de quase 3% do índice Dow Jones. Os produtos vão além do aço e do alumínio anunciados inicialmente, totalizando um valor que poderá chegar aos 60 mil milhões de dólares. De fora desta guerra comercial ficam, contudo, a União Europeia, o Brasil, a Argentina, a Coreia do Sul e a Austrália.

Os principais índices norte-americanos registaram a queda mais acentuada desde 8 de fevereiro. O Dow Jones foi o que mais perdeu: cedeu 2,93% para 23.959,72 pontos. Os restantes seguiram a tendência negativa, com o S&P a cair 2,52% para 2.643,68 pontos e o tecnológico Nasdaq a recuar 2,43% para 7.166,68 pontos.

“Temos um problema particular, ainda que sejamos amigos e eles nos estejam a ajudar com a Coreia do Norte, que é a China”, afirmou Trump antes de assinar a ordem. Já com a caneta na mão garantiu: “é a primeira de muitas”. A lista completa de produtos que vão ser taxados vai ser redigida durante as próximas duas semanas, tendo como principal foco os produtos tecnológicos e todos os que beneficiam do acesso indevido à propriedade intelectual norte-americana.

“Podemos assistir a um aumento da pressão [nas ações] caso a guerra comercial se intensifique”, afirmou Bruce McCain, responsável pela estratégia de investimento do Key Private Bank, à CNBC. A China já veio anunciar que vai retaliar, pelo que as próximas sessões deverão continuar a ser marcadas pela pressão vendedora.

Entre as empresas, num dia negativo para a quase generalidade das cotadas, destaque para o Facebook, que tem nos últimos dias penalizado o desempenho das bolsas. As ações caíram 2,27%, apesar de o fundador da rede social, Mark Zuckerberg, ter admitido que foram cometidos erros.

O presidente da maior rede social veio finalmente a público mostrar-se disponível para testemunhar perante o Congresso norte-americano, reconhecendo também que o caso representa um “enorme problema de confiança” na empresa. Alterações na plataforma para evitar casos semelhantes no futuro irão custar “muitos milhões de dólares”, admitiu.

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