Preços do petróleo podem cair para os 40 dólares, diz o Goldman Sachs
O petróleo pode afundar para os 40 dólares. Isto no caso de a OPEP não conseguir chegar a um acordo. A conclusão é do Goldman Sachs, que também não acredita que um acordo vai reduzir a oferta.
O Goldman Sachs alerta que os preços do petróleo podem cair para os 40 dólares por barril. Isto no caso de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não ser capaz de chegar a um acordo sobre o corte da produção. O banco diz que esta hipótese é cada vez mais remota.
“A ausência de um acordo levou até agora os preços do petróleo a caírem acentuadamente. Os preços podem cair para os 40 dólares por barril, no caso de a OPEP não ser capaz de chegar a um acordo convincente“, explica o Goldman Sachs.
Os analistas do banco dizem ainda que a falta de progresso a nível da implementação de quotas de produção e o aumento da discórdia entre os produtores do cartel “sugerem que estão a diminuir as probabilidades de [a OPEP] chegar a um acordo a 30 de novembro“. Os membros da OPEP deveriam definir os detalhes para a redução da produção até essa data. O mercado está muito cético de que isto ainda seja possível.
Estes detalhes deveriam ter sido definidos durante uma reunião de produtores que decorreu este fim de semana. Mas, mais uma vez, não foi possível. Esta falha levou os preços do petróleo para mínimos de um mês. E a tendência deverá manter-se.
Petróleo em mínimos de um mês
Reservas não devem cair com acordo
Mesmo que os receios de uma queda acentuada dos preços motivem o cartel a definirem as bases de um acordo, a probabilidade de o acordo conseguir reduzir as reservas de energia é baixa, nota o banco.
O aumento da produção da OPEP em outubro e do número de novos projetos dos países fora do cartel diminuem as hipóteses de um acordo se traduzir numa redução significativa das reservas durante a primeira metade de 2017, explica o Goldman Sachs. O banco projeta que a produção média da OPEP fique perto dos 34,2 mil milhões de barris por dia no mês passado.
A OPEP vai enfrentar grandes desafios na imposição de um potencial acordo para limitar a oferta e a ter a certeza que os países o cumprem, diz Greg Sharenow, um gestor de portefólios da Pimco. Enquanto isso, os preços do petróleo vão continuar a sentir a pressão desta incerteza.
O mercado continua muito cético de que o cartel seja capaz de chegar a um acordo até ao final de novembro. Os produtores vão reunir-se novamente a 25 e a 26 de novembro. E o resultado deste encontro depende do Irão e do Iraque, realça o ministro da Energia do Azerbaijão, Natiq Aliyev.
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