Hoje nas notícias: De Santana Lopes, aos salários dos deputados, e às rendas precárias

  • ECO
  • 23 Abril 2018

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Coincidência ou não, o Governo guardou durante 20 meses uma auditoria muito crítica a Santana Lopes à frente da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Só depois das eleições dentro do PSD é que o relatório foi enviado para o Tribunal de Contas, o ministro desvaloriza o atraso e diz que é normal. Enquanto isso, sabe-se que o salário dos deputados quase duplica com ajudas extra e que os contratos de arrendamento são cada vez mais de curto prazo. Em termos de transportes, o presidente do Metro de Lisboa garante que a empresa vai ser diferente a partir de… 2023.

Governo guardou durante 20 meses auditoria muito crítica a Santana Lopes

Apesar de ter sido concluída em abril de 2016, a auditoria à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa pedida ainda no tempo de Mota Soares, só foi homologada em janeiro deste ano, já depois das eleições do PSD. Devido ao atraso da homologação, o relatório só foi enviado à SML, para cumprimento das respetivas recomendações, e ao Tribunal de Contas, para apreciação das infrações financeiras detetadas, na altura, no início deste ano. O Público (acesso condicionado) escreve na edição desta segunda-feira, que apenas a investigação do Ministério Público (ainda em curso e em segredo de Justiça) aos contratos celebrados entre a SCML e alguns dos seus fornecedores entre 2012 e 2014, é que não terá sido prejudicada por aquele atraso. O ministro Vieira da Silva, considera normal o prazo de 20 meses para apreciação do relatório e afirma que esse prazo “não se destaca da média do tempo gasto na análise em processos de igual complexidade”.

Rendas precárias: maioria dos contratos já são de apenas um ano

A maioria dos contratos de arrendamento são de curto prazo, regra geral de um ano e sem a cláusula do “renovável por igual período”. A procura acima da oferta está a fazer disparar os preços das casas para preços inéditos e os senhorios querem ter a liberdade de escolher os inquilinos ou de subir as rendas. Segundo o Diário de Notícias, no ano passado foram celebrados 84.383 contratos de arrendamento e estima-se que mais de metade sejam a 12 meses. O presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses, Romão Lavadinho diz que na atual conjuntura de aumentos, não são apenas os novos inquilinos que correm riscos. “Neste momento, há mais de 500 mil inquilinos precários”, refere. Em Lisboa, os aumentos trimestrais das rendas, em termos homólogos, atingem a casa dos dois dígitos desde 2016, segundo o índice Confidencial Imobiliário. Desde 2011, as rendas em Lisboa aumentaram 36%, desde o valor médio de 2011. No Porto, a tendência é igual, apesar de os números serem mais baixos.

Salários dos deputados quase duplicam com extras

Depois da polémica à volta das viagens dos deputados da Madeira e os Açores há agora um novo dado. Apesar de ganharem um ordenado bruto de 3.600 euros, os deputados recebem apoios extra de quase o dobro. Em causa estão 2200 euros em subsídios que recebem. O Jornal de Notícias (acesso pago) escreve na edição desta segunda-feira que só este ano, a Assembleia da República já gastou 120.6140,86 euros em despesas com deslocações de deputados, ou para casa ou em trabalho no seu círculo eleitoral. Já em 2017, esta rubrica tinha totalizado os 3.221.092,76 euros. A revisão destes apoios pode estar a ser equacionada.

Presidente do Metro: “Em 2023, o Metro de Lisboa vai ficar diferente”

Vítor Domingues dos Santos não tem dúvidas de que em julho o Metro de Lisboa vai estar a funcionar em pleno, com a resolução da falta de material circulante. O presidente do Metro de Lisboa reconhece que a recuperação está a ser morosa e admite que a empresa não está a prestar o serviço público que quer, mas garante que está no caminho certo. Vítor Domingues Santos, em entrevista ao Jornal de Negócios e Antena 1, imputa as responsabilidades ao facto do Metro ter estado “praticamente sem manutenção nos últimos cinco anos” e adianta que “temos 11 unidades triplas (UT) e 24% (27 carruagens) encostadas à espera de manutenção”. Sobre as novas carruagens, um investimento de 210 milhões de euros aprovados pelo Governo, o presidente da empresa diz que o concurso vai ser lançado em julho, e depois deve demorar 2/3 anos. “Estamos a falar de 2021-2022. Como vamos compaginar no tempo com a criação da linha circular, que terminará em 2023, acho que os lisboetas vão começar a sentir o impacto do novo material circulante e da nova sinalização em 2023. Acho que 2023 vai ser o ano em que o metropolitano vai ficar diferente”.

Castro Almeida: “A partir de agora, o PSD tem que intensificar a oposição”

Após os acordos conseguidos com o Governo, em matéria de descentralização e fundos comunitários, o vice-presidente do PSD diz que “agora chegou o tempo das propostas para diferenciar”. Numa altura em que se celebram 100 dias da governação de Rui Rio à frente do PSD, Castro Almeida, em entrevista à Renascença e ao Público, elogia os acordos celebrados, mas recorda que “terminado este período dos acordos, o PSD tem que intensificar a oposição e mostrar as suas alternativas”. Caso contrário, prossegue o vice-presidente de Rio, corre o risco de o “país achar que ser do PS ou do PSD era a mesma coisa. E é bom marcar as diferenças”.

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