Analistas aplaudem decisão da Sonae de colocar retalho alimentar e imobiliário em bolsa, ações avançam
Analistas consideram positiva opção de colocar retalho alimentar e imobiliário em bolsa porque vai simplificar a operação. Ações da Sonae acompanham otimismo.
Retalho alimentar e imobiliário. A Sonae já definiu quais os negócios que pretende colocar em bolsa. Embora nenhuma decisão formal tenha ainda sido tomada, a escolha da administração co-liderada por Paulo Azevedo vai recair sobre a Sonae MC e a Sonae RP para o lançamento de uma oferta pública inicial (IPO), uma decisão aplaudida pelos analistas. Para já, o comportamento das ações da Sonae reflete a incorporação destas novas informações: os títulos já estiveram em terreno negativo, mas avançam agora ligeiramente.
A Sonae SON 0,00% anunciou esta segunda-feira que selecionou a Sonae MC e a Sonae RP como negócios do seu portefólio que poderão ir para a bolsa, encontrando-se a estudar esta possibilidade com os bancos de investimento Barclays, BNP Paribas e Deutsche Bank.
Para a equipa de research do CaixaBank/BPI, o perímetro definido (retalho alimentar+imobiliário) “deverá simplificar a operação”, na medida que a nova empresa que resultar do IPO será mais comparável com os seus pares de retalho alimentar europeu — isto, face à alternativa de a administração também incluir o retalho não alimentar, o que não seria uma boa opção, dizem os analistas. Porquê?
Porque “o potencial encaixe financeiro com a inclusão de formatos não-alimentares não seria maximizado”, tendo em conta que esta divisão ainda se encontra numa fase de reestruturação e o seu contributo para a operação seria residual, argumentam os analistas numa nota de research divulgada esta terça-feira junto dos clientes. O CaixaBank/BPI mantém uma recomendação de compra sobre a Sonae com um preço-alvo de 1,45 euros.
Os analistas aplaudem a decisão da Sonae, e numa primeira reação a este anúncio as ações da Sonae chegaram a valorizar quase 1%. Porém, a primeira hora de negociação foi marcada por alguma volatilidade em torno destes títulos, refletindo a incorporação das novas informações pelos investidores: inverteram para terreno negativo, mas voltaram à tona de água momentos depois, encontrando-se em alta de 0,52% nos 1,15 euros.
Segundo os últimos números do grupo Sonae, referentes ao primeiro trimestre do ano, o retalho alimentar foi responsável por um volume de negócios de 940 milhões de euros. Já a Sonae RP fechou o trimestre com um portefólio de 20 lojas Continente, 60 lojas Continente Modelo e 30 lojas Continente Bom Dia, num valor contabilístico líquido de 908 milhões de euros, e com um volume de negócios da 23 milhões de euros.
A pretensão de fazer um spin-off de alguns negócios da Sonae foi anunciada por Paulo Azevedo em março, durante apresentação de resultados anuais do grupo. Nessa ocasião, o gestor referiu que havia “investidores interessados” num eventual IPO do negócio do retalho da Sonae.
Ações da Sonae avançam
Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.
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