Transferências imediatas já chegaram, mas não a todos os bancos
O sistema de pagamentos, gerido e regulado pelo Banco de Portugal, já permite aos bancos disponibilizarem transferências imediatas. Dez segundos bastarão para ter o dinheiro na conta.
Dar uma ordem de transferência e ter o dinheiro disponível quase automaticamente na conta bancária de destino já é possível. E, para tal, não precisa de usar o MBWay. Chegou o sistema de pagamentos, gerido e regulado pelo Banco de Portugal, assente no SEPA, que promete operações em apenas dez segundos. O sistema é de adesão facultativa, e nem todos os bancos aderiram a este novo modelo de transferências bancárias.
Atualmente, quando faz uma transferência interbancária, o dinheiro demorava, no mínimo, um dia a ficar disponível, podendo estender-se quando pelo meio havia um fim de semana. A partir de agora, para os bancos que optarem por utilizar este novo modelo de transferências, bastam dez segundos para que o dinheiro saia de uma conta e passe a estar disponível na do destinatário, independentemente de se tratar de um dia útil ou fim de semana.
“Os prestadores de serviços de pagamento (designadamente bancos, instituições de pagamento e instituições de moeda eletrónica) passam a ter ao seu dispor um novo subsistema do SICOI que assegura o processamento contínuo de transferências a crédito, 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano, com disponibilização dos fundos nas contas dos beneficiários em poucos segundos”, explica o Banco de Portugal em comunicado. Isto para as operações com um montante máximo de 15 mil euros.
A partir de agora, este novo modelo de transferências passa a estar disponível em paralelo com o atual. Até agora, para fazer uma operação automática, ou se recorria ao MBWay, ou se utilizava o sistema de transferências “urgentes” dos bancos, aos quais estava associado um custo elevado para o cliente.
Bancos podem aderir ou não
O novo modelo de transferências surge no âmbito da implementação da Área Única de Pagamentos em Euros (SEPA) que tem como objetivo harmonizar as práticas e os procedimentos a nível europeu para este tipo de operações. No entanto, os bancos são livres de o adotarem ou não.
O Banco de Portugal explica que a adesão a este novo subsistema de transferências imediatas é facultativo por parte das instituições prestadoras de serviços de pagamentos. E, questionado pelo ECO, revela que, até ao momento, nem todos os bancos a operar no mercado nacional aderiram.
Contudo, o regulador prevê “um gradual aumento de cobertura e amplitude ao longo dos meses subsequentes, tanto ao nível das instituições participantes, como dos segmentos e canais em que o serviço é disponibilizado”.
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