Preço das casas em máximos de seis anos

O índice de preços da habitação, medido pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), avançou pelo terceiro trimestre consecutivo. Já o número de casas vendidas cresceu 30%.

O mercado imobiliário continua a recuperar. Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que os preços das casas atingiram no final do segundo trimestre o valor mais elevado em quase seis anos.

O Índice de Preços da Habitação (IPHab) subiu 6,3%, entre abril e junho deste ano, face ao mesmo período do ano passado. Seria necessário recuar até ao terceiro trimestre de 2010 para ver os preços a que são vendidas as casas em níveis mais altos.

O crescimento dos preços registado foi suportado pelas transações de imóveis usados. Neste segmento, os preços aceleraram em termos homólogos pelo segundo trimestre consecutivo, enquanto nas transações de casas novas foi observada um abrandamento do ritmo de crescimento dos preços pelo segundo trimestre consecutivo.

“No segundo trimestre de 2016, os alojamentos existentes voltaram a evidenciar um acréscimo dos preços superior ao verificado nos alojamentos novos (8,5% e 1,5%, respetivamente)”, refere o INE, acrescentando que “no caso dos alojamentos existentes, a taxa de variação homóloga é a mais alta da série disponível”. O início da série remonta ao ano de 2009.

Casas vendidas crescem 30%

O crescimento global dos preços de venda de imóveis registado no segundo trimestre foi acompanhado por um forte crescimento da venda de imóveis. Nesse período, as transações de casas ascenderam a 31.768, o que corresponde ao número mais alto desde o último trimestre de 2010. Em termos homólogos, o número das vendas de alojamentos aumentou 29,6%.

Do total de transações efetuadas, 26.329 foram relativas a casas usadas, ou seja 82,9% do total. Já a venda de casas novas ascendeu a um total de 5.439. “As transações de alojamentos existentes aumentaram 34,5% e os alojamentos novos 10,2%”, frisa o INE ao concretizar a variação homóloga verificada no segundo trimestre deste ano.

Em termos globais, o total de transações realizadas ascendeu a 3,7 mil milhões de euros, entre abril e junho, um máximo desde o quarto trimestre de 2010. O montante subiu 29,4% em termos homólogos e 8,6%. “Esta dinâmica reflete sobretudo o incremento das vendas de alojamentos existentes”, volta a frisar o INE.

Lisboa em destaque

Em termos geográficos, a Área Metropolitana de Lisboa continua a concentrar o maior volume de vendas de imóveis, correspondente a 35,6% do número de alojamentos transacionados entre abril e junho de 2016 (11.311 transações), o que segundo o INE “representa um acréscimo de 2,3 pontos percentuais face ao observado no mesmo período do ano anterior e um novo máximo para o valor das vendas na série disponível”.

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