Emissão de obrigações do Novo Banco eleita a melhor operação do ano na Europa
A primeira dívida subordinada emitida pelo Novo Banco no valor de 400 milhões de euros realizada em junho marcou o regresso da instituição financeira aos mercados. Agora foi premiada na Europa.
A emissão de 400 milhões de euros de obrigações do Novo Banco foi eleita pela IFR – International Financial Review como a melhor operação de instituições financeiras europeias. Em causa está a primeira emissão de dívida do banco liderado por António Ramalho realizada em junho deste ano e que marcou o regresso da instituição ao mercado da dívida.
O Novo Banco foi a única instituição portuguesa, e Ibérica, a receber esta distinção europeia da IFR – a mais prestigiada publicação financeira neste tipo de emissões – sendo premiada conjuntamente com outros emitentes relevantes e diversificados como o Lloyds, a Nestlé, a Bayer, a Uber ou a Universidade de Cambridge.
Esta emissão de dívida subordinada a 10 anos “veio provar a confiança dos investidores no projeto do Banco, tendo sido a primeira emissão de dívida desde a sua criação“, dá conta o banco liderado por António Ramalho em comunicado.
Esta deu resposta a uma exigência de Bruxelas no quadro da venda do banco ao Lone Star, tendo incluído a troca de obrigações sénior, com maturidade de dez anos e a possibilidade de reembolso a partir do final do quinto ano. Na altura foi colocada junto de investidores privados com uma taxa de juro de 8,5%. Mas como houve uma larga adesão na troca de obrigações cupão zero de longo prazo (mais de 80%), pelo que o custo marginal para o banco acabou por ser um quarto daquele valor, veio mais tarde adiantar o banco.
“A operação, que teve como bookrunners o JP Morgan e o Morgan Stanley, foi concluída à taxa anual mínima previamente definida, tendo havido uma larga adesão na troca de obrigações cupão zero de longo prazo, provando mais uma vez, a confiança dos investidores institucionais, nacionais e internacionais, na instituição”, vem agora dar nota o Novo Banco.
Esta operação concretizou-se depois de em outubro do ano anterior o banco ter sido vendido ao Lone Star, numa operação que envolveu um reforço de capital próprio pelo fundo norte-americano de 1.000 milhões de euros. “De referir que a 4 de outubro, o Novo Banco tinha concretizado com enorme sucesso a compra e reembolso antecipado de 4.743 milhões de euros de obrigações, uma operação que permitiu o cumprimento dos objetivos de capital e ganhos equivalentes num valor acima de 500 milhões de euros”, acrescenta ainda o Novo Banco.
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