5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados
Com o stress na dívida, Draghi continua a centrar as atenções dos investidores que esperam um sinal claro de que os estímulos vão continuar. Pode dá-lo já. Além do BCE, é preciso olhar para a OPEP.
Depois de uma semana de tensão no mercado de dívida, será interessante acompanhar o comportamento das taxas das obrigações soberanas do euro à medida que se aproxima a decisão sobre a taxa de juro dos EUA. É perante este contexto adverso que Mario Draghi, presidente do BCE, vai a Estrasburgo, em França, falar perante o Parlamento Europeu. Há também o relatório anual do BCE e o Boletim Estatístico do Banco de Portugal. E ainda uma (mais uma) reunião da OPEP. Sim… e a assembleia geral do BCP, que deverá ser adiada, depois da entrada dos chineses da Fosun no capital do banco. São agora os maiores acionistas com 16,7%.
Draghi fala no Parlamento Europeu…
Mario Draghi não para. Depois da audição na comissão dos Assuntos Económicos e Monetários, o presidente do Banco Central Europeu vai hoje a Estrasburgo, em França, falar perante o Parlamento Europeu. E deverá manter o tom no que respeita ao programa de estímulos monetários, defendendo a atuação do banco central num contexto de ainda frágil recuperação da economia. E especialmente numa altura que está a ser de turbulência nos mercados de dívida da zona euro. A audição do presidente do BCE deverá ser marcada pelo programa de estímulos, mas a deslocação de Mario Draghi ao Parlamento Europeu tem também como objetivo a discussão do Relatório Anual do BCE. Neste relatório, além das remunerações dos membros do Conselho de Governadores, fica a saber-se as contas do BCE. E qual o impacto que as compras de dívida soberana estão a ter no balanço do banco central da zona euro.
Mais crédito, menos crédito
Em Portugal, o banco central revela hoje o Boletim Estatístico onde será possível ver o impacto da política monetária expansionista do BCE através dos dados da concessão de crédito. Sabe-se também a evolução dos depósitos e dos saldos de outros produtos de poupança, nomeadamente em dívida do Estado. E fica-se a saber também em quanto vai a dívida total do país.
Assembleia-geral do BCP
Por cá, os olhos também estarão voltados para a assembleia geral do BCP, depois da Fosun ter anunciado a compra de 16,7% do capital do banco liderado por Nuno Amado e se ter tornado no maior acionista do banco. Agora foram 175 milhões de euros, mas os chineses já demonstraram vontade de aumentar a sua posição para 30%. Entretanto, foi assinado um acordo de lock-up de três anos, um compromisso que, para a gestão do BCP, permite vender ao mercado uma história de confiança no futuro do banco. Na assembleia geral de hoje deverá haver uma proposta de conselho para a sua suspensão até ao dia 19 de dezembro para assegurar a aprovação do aumento da blindagem de estatutos do banco de 20% para 30%.
O excedente do Japão
Falando em políticas monetárias expansionistas, não se pode esquecer o Japão. Está a comprar dívida de forma ilimitada para puxar pela economia do país. Hoje é conhecido mais um dado, o da balança comercial. E deverá revelar um excedente. Os analistas consultados pela Bloomberg antecipam que o excedente da balança comercial, ajustado às variações sazonais, deve ter crescido para 412,7 mil milhões de ienes em outubro, face a 349 mil milhões de ienes em setembro.
Mais uma reunião da OPEP
O comité técnico da Organização dos Países Exportadores de Petróleo vai reunir-se em Viena. O cartel vai discutir a forma como será implementado o acordo definido em setembro, para limitar a produção de petróleo. O objetivo equilibrar o mercado do “ouro negro” e impulsionar os preços do petróleo para níveis acima da fasquia dos 50 dólares por barril.
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