Rio deixa cair porta-voz das Finanças do PSD. Conselho Nacional aprova listas
Joaquim Miranda Sarmento é porta-voz do PSD para as finanças e foi chave no programa eleitoral, mas fica fora das listas às legislativas. Álvaro Almeida entra em 8º no Porto. As listas foram aprovadas
Álvaro Almeida entra em oitavo lugar na lista pelo Porto, Joaquim Miranda Sarmento fica fora das listas em Lisboa. Este é o destino dos dois economistas, respetivamente coordenador e porta-voz para as finanças, que nos últimos meses estiveram a preparar o cenário macroeconómico e as medidas de política fiscal e orçamental do PSD. A surpresa é mesmo a ausência de Miranda Sarmento, que tinha já discutido com o líder do partido a entrada num lugar elegível, até à 10ª posição e acaba por não ir a votos nas legislativas de outubro. Na noite das “facas longas”, o Conselho Nacional do partido aprovou as listas por 74% dos votos, com 80 votos a favor, 18 contra e 10 abstenções.
A noite em Guimarães foi longa, e terminou já de madrugada, mas à saída da encontro do Conselho Nacional que aprovou as linhas gerais do programa eleitoral e as listas para as legislativas de 6 de outubro, Rui Rio parece ter saído aliviado. “Foi um bom resultado”, disse o presidente do PSD, acrescentado que até terá sido “razoavelmente pacífico”. Entre discussões e abstenções, o maior confronto foi mesmo com o úncio até agora deputado e oficialmente vetado pelo presidente do PSD, Hugo Soares. O antigo presidente da bancada parlamentar do PSD disse mesmo, na sua intervenção, que aquele veto era uma “medalha” que carregava ao peito.
Outra das surpresas da noite, além da já citada ausência de Joaquim Miranda Sarmento das listas de candidatos a deputados, foi o ressuscitar político, ainda que por umas horas, de Luís Filipe Menezes, antigo arqui-rival de Rio, agora transformado no seu surpreendente aliado. No Conselho Nacional, defendeu que ainda é possível ao PSD disputar as legislativas, e cá fora, não resistiu a mandar recados a Pedro Passos Coelho. “Se tivéssemos continuado com o Diabo estaríamos melhor ou pior?”, afirmou o antigo presidente do PSD.
A “limpeza”, essa, confirmou-se, como já estava pré-anunciada há alguns dias. Miguel Pinto Luz e Maria Luís Albuqerque são talvez os nomes ausentes mais presentes nas discussões dos social-democratas. Até porque militantes como Marco António Costa, Pedro Duarte ou Luís Montenegro já tinham anunciado publicamente que não estariam disponíveis para fazer parte das listas às legislativas de outubro.
Da “limpeza” ao “banho de ética”: Algins dos nomes que entram nas listas agora aprovadas no Conselho Nacional estão arguidos em diferentes casos, mas, como o líder do partido já tinha referido, só uma condenação em primeira instância os obrigará a suspender mandato. E a demissão só com sentença transitada em julgado. Quem são? Emília Cerqueira, por causa das assinaturas de presenças no Parlamento por outros deputados, Rui Silva, acusado de corrupção por causa de um caso em Vila Verde e, o mais mediático, Carlos Reis, que entra num lugar elegível por Braga (4º), envolvido no caso Tuti-Fruti.
Neste Conselho Nacional, Rui Rio garantiu também a aprovação das linhas gerais do programa eleitoral, com a apresentação de cinco reformas que, para Rui Rio, são “inadiáveis” e, entre elas, sem surpresa, estáo mudanças ao sistema eleitoral.
Consulte aqui as listas de candidatos do PSD às legislativas
(em atualização)
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