Falta de fármacos custou mais 43 milhões a seguradoras e SNS
A falta de alguns medicamentos nas farmácias no último ano obrigou 1,4 milhões de portugueses a procurar consulta médica para mudar a prescrição. Seguradoras e sistemas de saúde com custo acrescido.
A indisponibilidade de medicamentos nas farmácias levou, nos últimos doze meses terminados em abril último, cerca de 1,4 milhões de portugueses a recorrer a consultas médicas para alterar a prescrição terapêutica, representando um custo estimado para os sistemas de saúde e seguradoras entre os 35,3 e os 43,8 milhões de euros e para os utentes entre os 2,1 e os 4,4 milhões de euros.
Esta estimativa resulta de um inquérito realizado pelo CEFAR – Centro de Estudos e Avaliação em Saúde, organismo pertencente à Associação Nacional de Farmácias, e citado pela Ordem dos Farmacêuticos. O trabalho do CEFAR foi realizado em abril indagando 22.830 utentes em 2097 farmácias de todo o país.
Entre os medicamentos cuja falta levou a interrupção de tratamentos há fármacos dirigidos a doenças crónicas como diabetes, asma, doença pulmonar obstrutiva crónica e hipertensão e mais de metade dos medicamentos indisponíveis não tinham genéricos ou outro tipo de alternativas, obrigando assim o doente a marcar uma nova consulta médica para alterar a prescrição.
A falta de medicamentos nas farmácias atingiu um máximo histórico no primeiro semestre deste ano, revelou a ANF e é o interior do país o mais afetado. Entre os inquiridos que precisaram de interromper tratamento contam-se 9,3% dos residentes em Beja, tendo as médias em Lisboa e Porto rondado os 6%.
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