BCP dá mais um tombo de 5%. Ações em mínimos de dois anos
Desde setembro de 2017 que as ações do BCP não valiam tão pouco. Esta segunda-feira, os títulos do banco voltaram a descer o patamar dos 20 cêntimos por ação, depois de uma queda de mais de 5%.
As ações do BCP derraparam para mínimos de quase dois anos ao registarem uma queda de 5,22% na bolsa portuguesa esta segunda-feira. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya fecharam a valer 19,79 cêntimos, um preço que não era tão baixo desde setembro de 2017.
A pressão vendedora instalou-se sobre a empresa, depois de o BCP ter revelado que passou a controlar quase 10% da Pharol. Em causa, a execução do colateral de um crédito em incumprimento dado à High Bridge para a compra de ações da Pharol ao próprio BCP. Ou seja, mais de dois anos depois de se desfazer de uma participação de 6,17% da Pharol, o BCP volta a tornar-se acionista da empresa.
Desde 17 de julho, as ações do BCP já acumulam uma desvalorização de mais de 31%. A penalizar os títulos está a perspetiva de que o Banco Central Europeu desça os juros e os receios de uma recessão global por causa da guerra comercial e cambial entre os EUA e a China. Receios esses que estão a penalizar a generalidade das bolsas europeias, incluindo a praça portuguesa.
BCP com nova sessão de quedas
Apesar de o BCP ter protagonizado o pior desempenho em bolsa desta sessão, apenas duas cotadas escaparam à maré vermelha que se abateu sobre o mercado. O índice português PSI-20 recuou 1,29%, para 4.796,2 pontos, acompanhando a tendência das congéneres europeias, num dia em que o Stoxx 600 caiu 0,3%.
A par do setor bancário, também os setores petrolífero e postal penalizaram o principal índice nacional. A Galp Energia recuou 1,80%, para 12,83 euros, enquanto os CTT caíram 3,06%, para 1.805 euros. A travar as perdas esteve a família EDP. A elétrica portuguesa avançou 0,15%, para 3,373 euros, enquanto a EDP Renováveis ganhou 0,10%, para 9,69 euros.
(Notícia atualizada às 16h55 com mais informações)
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