Wall Street abre em alta com os investidores ainda presos às palavras de Trump
Mais um dia, mais uma negociação afetada pelas palavras - muitas vezes contraditórias - de Donald Trump sobre as negociações com a China. Farmacêuticas valorizaram apesar da multa à Johnson & Johnson.
A Bolsa de Nova Iorque abriu esta terça-feira em alta, com os investidores ainda presos às últimas palavras de Donald Trump sobre a vontade da China de negociar, apesar das várias mudanças de posição que têm vindo a acontecer nas últimas semanas. A indústria chinesa também voltou aos lucros em julho, dando mostras de alguma resiliência apesar da crescente tensão com os EUA.
Depois de terem fechado a valorizar mais de 1% na segunda-feira, os principais índices da principal praça nova-iorquina começaram o dia com ganhos mais moderados. O industrial Dow Jones subiu 0,47%, o tecnológico Nasdaq 0,65% e o S&P 500 outros 0,54%.
Na base do otimismo dos investidores voltou a estar a posição de Donald Trump em relação à possibilidade de um acordo com a China que coloque um ponto final na guerra comercial que tem vindo a desenvolver-se nos últimos dois anos e meio.
Mas também houve dados positivos, como o regresso aos lucros da indústria chinesa durante o mês de julho, demonstrando alguma resiliência num dos setores mais afetados pelos vários aumentos das taxas aduaneiras impostos pelos Estados Unidos.
As ações das farmacêuticas norte-americanas também começaram o dia com valorizações significativas, com destaque para a Johnson & Johnson que foi condenada na segunda-feira a pagar uma multa de 572 milhões de dólares devido ao seu papel na epidemia de opioides, já considerada uma crise de saúde pública, no Estado do Oklahoma. Apesar da multa recorde, e do precedente aberto com esta decisão, os investidores esperavam uma penalização ainda maior e por isso as ações estão a valorizar, assim com as das restantes farmacêuticas que enfrentam processos semelhantes. A empresa já disse que vai recorrer.
Também o otimismo nas bolsas europeias ajudou a melhorar o ambiente na praça nova-iorquina, mesmo depois de serem confirmados os dados que davam conta de uma contração da economia alemã, a maior da Europa e a quarta maior do mundo, no segundo trimestre do ano.
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