Insolvência de empresas aumenta no mundo mas baixa em Portugal
As insolvências de empresas nos mercados desenvolvidos devem aumentar em 2019 em 2,8%, mas diminuir em 6% em Portugal, divulga a seguradora Crédito y Caución.
A perda de dinamismo da economia mundial, que se deve ao resultado das tensões comerciais, justificará “o primeiro aumento anual das insolvências nos mercados avançados desde a crise financeira mundial de 2008 e 2009”, refere um relatório elaborado pela Crédito y Caución.
No caso de Portugal, o relatório prevê uma diminuição de 6% nos níveis de insolvências no final de 2019.
No próximo ano, a seguradora prevê que as insolvências mundiais voltem a crescer 1,2%, na comparação com o ano anterior.
A confirmar-se, o aumento em 2,8% das insolvências a nível mundial no final deste ano corresponde a mais oito décimas do que a previsão efetuada pela Crédito y Caución há três meses.
“Esta revisão em alta deve-se principalmente a uma evolução das insolvências na América do Norte, pior do que o esperado, que deve agora ultrapassar a taxa de crescimento esperada para a Europa ocidental. Também se prevê que a região da Ásia-Pacífico registe um aumento sustentado”, segundo a informação hoje divulgada.
O documento refere que em 2020 a flexibilização da política monetária nos mercados desenvolvidos, em particular nos Estados Unidos, deveria proporcionar “algum apoio ao crescimento económico” e à atividade empresarial.
Mas, “a falta de progressos na resolução das tensões comerciais está a provocar uma moderação nos investimentos e a aumentar os riscos de financiamento”, salienta o trabalho, pelo que a seguradora prevê que as insolvências a nível global aumentem mais de 1,2% no próximo ano.
Por região, a América do Norte irá registar o maior crescimento (3,2% em 2019 e 1,7% em 2020), à medida que os estímulos económicos diminuam e as empresas comecem a enfrentar custos mais altos devido às tensões comerciais.
Por mercados, o Reino Unido sofrerá o maior aumento de todos os países analisados (10% em 2019 e 5% em 2020).
As previsões da Crédito y Caución, no entanto, antecipam um aumento de 4% em Itália, devido à incerteza institucional, sendo que o aumento esperado para a França é de 3%, enquanto a Alemanha se fica por 1%.
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