Rui “Aleixo” Rio quer guerra pela descentralização
Rui Rio definiu uma prioridade política, e diz que vale a guerra. A descentralização. Foi na festa do Pontal, desta vez em Monchique.
Agora, vem aí uma guerra, anuncia Rui Rio, e é sobre a descentralização. O líder do PSD discursava na Festa do Pontal, em Monchique, para uma plateia que deixou a meia casa o largo central da vila serrana que este ano acolheu a festa do partido, talvez influenciada por mais uma sondagem, do JN e TSF, que dá 43% ao PS e cerca de 20% ao PSD. Rio atacou António Costa e identificou as razões pelas quais os portugueses não devem votar no Ps, mas definiu uma prioridade: A descentralização.
“Temos um país profundamente injusto do ponto de visto territorial, de tal forma que já toca a estupidez. é uma estupidez porque degrada a vida das áreas metropolitanas e degrada a vida do interior”, afirmou Rui Rio. A palavra regionalização não entrou no discurso. “Vamos comprar uma guerra das que eu gosto, uma guerra pela descentralização, pela desconcentração, vamos afrontar interesses instalados. Movimentem-se lá contra, mas esta é uma guerra que vale a pena comprar em nome do futuro do país”. Curiosamente, é uma das áreas em que o PSD de Rio assinou um acordo com o PS. Sem resultados, como se percebe pelas afirmaçãoes do presidente social-democrata.
Antes, ensaiou os seus dotes literários. Recordou o poeta algarvio António Aleixo e, a propósito, dedicou uma quadra a Costa e ao PS:
O PS governa mal/
Só o presente lhe interessa/
O futuro de Portugal é coisa que não tem pressa.
O circo monta e desmonta/
Dramatiza e sobressalta/
Tem sempre a novela pronta/
Espetáculo nunca falta.
Não são dados a rigores/
As políticas socialistas.
Foi assim com os professores/
É agora com os motoristas.
Mas o teatro montado/
Que o povo irá julgar/
Por certo será derrotado/
E o PSD vai ganhar.
O presidente do PSD, Rui Rio, insistiu nas razões para os portugueses não votarem no PS. A utilização do Estado pelos socialistas para “servir o próprio partido e as suas famílias” ou a incapacidade para aproveitar a conjuntura económica, nomeadamente com taxas de juros negativas, para relançar a economia nacional, foram alguns dos pontos negativos apontados por Rui Rio à governação do PS.
As críticas passaram ainda pelo que Rui Rio disse ser a degradação dos serviços públicos, pelo aumento das listas de espera para cirurgias, pela “novidade socialista” das falhas do INEM, pela crescente falta de médicos e pelas novas medidas de incentivo à utilização dos serviços públicos, feitas “em cima do joelho”, já que os prestadores de serviços “já vieram dizer que ainda não receberam as compensações indemnizatórias”.
Tornar a justiça mais eficaz é outro dos objetivos do partido, concentrado nos problemas da corrupção que “não se resolvem com notícias nos jornais”, afirmou Rui Rio, mas quando “a acusação dá lugar a um julgamento e a uma condenação. “Os julgamentos fazem-se nos tribunais e não nos jornais”, reforçou o presidente do PSD.
Ao longo do discurso ainda houve tempo para anunciar medidas a favor do ambiente, para se criar um “planeta que as pessoas merecem”, com uma menor produção de dióxido de carbono e uma melhor florestação do país que permita a neutralidade carbónica.
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