Seguros de vida: Renunciar aos produtos em euros
Especialistas em França consideram que as taxas de juro baixas vão manter-se durante anos com prejuízo de aforradores e seguradoras. O melhor é apostar em alternativas ao euro.
Os seguros de vida com capitalização deixaram de ser atrativos para seguradoras e aforradores? Especialistas na matéria sugerem que sim e defendem uma aposta noutros produtos. Até porque as taxas de juro deverão manter-se baixas durante mais tempo.
As seguradoras devem pensar em novas ofertas e, passo a passo, habituar os seus clientes a assumir uma parte do risco. Quem o defende é Bernard Delas, vice-presidente da Autorité de Contrôle Prudentiel et de Resolution (ACPR), entidade responsável por assegurar a estabilidade do sistema financeiro de França.
Em entrevista à L’Argus de l’Assurance, publicação francesa especializada em temas de seguros, Delas apela às seguradoras Vida para “renunciarem aos produtos em euros oferecendo ao mesmo tempo a proteção do capital e uma liquidez permanente”.
Num cenário em que as taxas de juro irão manter-se baixas ainda durante “cinco, 10 ou mesmo 15 anos”, como afirma Cyrille Chartier-Kastler, fundador do Good Value for Money, este rendimento garantido já não dá muito dinheiro nem ao aforrador nem à seguradora.
Numa entrevista dada em julho, também à L’Argus de l’Assurance, Cyrille Chartier-Kastler, afirmou que o seguro de vida tem 10 anos para encontrar um novo modelo se as taxas permanecerem permanentemente baixas. “O seguro de vida está a perder a sua dimensão como um produto de poupança para todos “, disse.
Opinião diferente tem Guillaume Rosenwald, diretor-geral de seguradora mutualista francesa MACSF. Segundo este responsável, não é uma novidade que o rendimento dos fundos em euros seja menos interessante. Por isso, esta é a hora, mais do que nunca, da diversificação. Mas, “não é o fim dos fundos em euros”, assinala Rosenwald ao L’Argus.
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