Boeing paga 1 M€ por cada uma das primeiras vítimas da Lion
Concluído primeiro acordo com 11 famílias a respeito do acidente da Lion na Indonésia. A Global Aerospace, joint venture entre a Munich Re e a Berkshire Hathaway, é a seguradora e cobre 2 mil milhões.
A Boeing concluiu um acordo amigável com 11 famílias das vítimas do voo 610 da Lion Air, cujo aparelho, um 737 MAX, de despenhou ao largo do mar de Java, Indonésia, em 29 de outubro de 2018, provocando 198 mortos.
“No mês passado concluímos um acordo com a Boeing para 11 das 17 famílias que representamos”, declarou à agência noticiosa AFP Alexandra Wisner, uma das advogadas responsáveis por estes casos no escritório Wisner Law Firm, em Chicago.
De acordo com uma fonte próxima, o construtor aeronáutico norte-americano aceitou pagar 1,2 milhões de dólares (cerca de um milhão de euros) por vítima.
A seguradora líder da Boeing é a Global Aerospace, joint venture entre as gigantes do resseguro Munich Re e a Berkshire Hathaway e tem uma apólice até 2 bilhões, com uma alínea com teto de 500 milhões para compensar aviões impedidos de voar até novas ordens das autoridades.
Na terça-feira, as autoridades indonésias apontaram os problemas no projeto e supervisão do Boeing 737 MAX que terão desempenhado um papel importante no acidente da aeronave.
De acordo com as conclusões preliminares de um relatório das autoridades indonésias, a que o The Wall Street Journal teve acesso, o acidente foi também provocado por erros de pilotagem e problemas de manutenção.
Em outubro de 2018, um voo da companhia aérea Lion Air caiu 12 minutos após a descolagem na Indonésia, resultando na morte de 189 passageiros e tripulantes.
Em março deste ano, um voo da Ethiopian Airlines caiu seis minutos após a descolagem, causando 157 mortes.
Os investigadores indonésios ainda podem alterar o relatório que já partilharam com a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla inglesa) e Direção Nacional de Segurança nos Transporte, apontou o Wall Street Journal.
As autoridades norte-americanas devem visitar a Indonésia no final do mês para discutir o assunto.
No dia 3 de junho a Boeing informou as autoridades de aviação dos EUA que mais de 300 modelos de aeronaves 737 NG e 737 MAX têm peças “fabricadas de maneira inapropriada”, indicou a FAA.
Uma das partes afetadas é o mecanismo da asa do avião que modifica as características de subida e resistência durante as descolagens e as aterragens, refere a FAA em comunicado.
De acordo com a FAA, a sua investigação determinou que há 32 Boeing NG e 33 Boeing Max afetados nos Estados Unidos. No total são “133 NG e 179 MAX” os aviões afetados em todo o mundo, acrescenta a FAA.
Mais de seis meses depois da imobilização no solo do Boeing 737 MAX, no seguimento de dois acidentes que provocaram 346 mortos, continua sem data o regresso deste aparelho ao ar, indicou ainda no regulador aéreo dos EUA.
A informação foi avançada pela Agência Federal da Aviação (FAA, na sigla em inglês), cujo presidente, Steve Dickson, indicou que o levantamento da proibição vai ser feito país a país.
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