Multiriscos: Um seguro que salva poupanças de uma vida
Tiago Pedro destaca a importância do seguro multiriscos na proteção financeira das famílias e estranha não existir mais apoio de publicidade e sensibilização dos clientes por parte das seguradoras.
Ano após ano somos invadidos por notícias e imagens completamente devastadoras dos incêndios que proliferam por todo o país e mais impactante que as imagens dos fogos é, sem dúvida alguma, o desespero de todas as pessoas que tentam muitas vezes sem noção do perigo salvar os seus pertences.
Inúmeras vezes ouvimos “tenho que salvar a minha casa, é tudo o que tenho”, “trabalhei uma vida inteira não posso perder tudo”, é um sentimento legitimo, mas um ato que pode colocar em risco não só o próprio como terceiros, como infelizmente verificamos.
Atualmente com as alterações climatéricas e com cada vez mais fenómenos naturais é muito importante realçar e promover um produto que pode salvar vidas e minimizar os danos decorrentes de tais fenómenos, todas estas situações podem ser salvaguardadas com um seguro Multiriscos.
É frequente, aquando do rescaldo destes fenómenos, escutarmos e lermos que são gastos milhões pelos sucessivos governos, em ajudas para fazer face a estes terríveis acontecimentos, nomeadamente na reconstrução das habitações. Sendo sem dúvida mais conveniente e mais vantajoso criar um mecanismo de controlo e obrigatoriedade dos seguros de multiriscos, fazendo assim com que os valores pagos em ajudas com dinheiros públicos se reduzissem substancialmente.
Segundo os números da APS, em 2017 existiam 3,2 milhões de habitações familiares seguras, ou seja, quase metade do parque habitacional em Portugal, claramente um valor escasso face aos riscos que se apresentam pela não contratação deste tipo de seguro.
É surpreendente que diariamente vejamos inúmeras publicidades de todo o tipo de seguros, desde o mais vulgar seguro automóvel até mais recentemente aos seguros de saúde para animais, mas não vemos de forma concisa e permanente uma publicidade de seguros de Multiriscos, sendo de referir que este contrato de seguro proporcionalmente a um seguro automóvel (obrigatório) tem um valor muito menor.
Para o mercado Segurador, Associações, Seguradoras e Supervisão seria aconselhável terem um papel mais ativo na promoção e valorização da contratação de um seguro de multiriscos, a importância de um seguro que pode salvar vidas e minimizar perdas.
A situação mais difícil de compreender na regulamentação dos seguros de multiriscos, é a sua obrigatoriedade apenas em edifícios em propriedade horizontal, quando claramente os edifícios atingidos por estas catástrofes são na sua esmagadora maioria moradias e zona industriais, ou seja, a obrigatoriedade existe sim mas para os edifícios que menos sofrem com este tipo de catástrofes.
Por tudo isto reformular a maneira como se olha para o contrato de multiriscos no setor segurador é essencial, para que ano após ano o trabalho de toda uma vida não esteja em perigo.
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