Toyota e MIT melhoram segurança de carros autónomos em cruzamentos
A Toyota está a colaborar com o MIT no desenvolvimento de uma solução que ajuda os carros sem condutor a avançarem em segurança nos cruzamentos mais perigosos.
A colaboração com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) permitiu desenvolver um sistema que ajuda os veículos autónomos a avançarem em segurança nos cruzamentos em que a visão está obstruída por obstáculos como edificações e outros veículos.
O projeto está a ser trabalhado no Computer Science and Artificial Intelligence Laboratory (CSAIL), um centro conjunto criado para desenvolver soluções tecnológicas focadas nas novas formas de mobilidade. Os investigadores criaram um modelo, já testado, que reduz ao máximo o fator de incerteza nas decisões (dos carros autónomos) nos cruzamentos mais perigosos.
O sistema desenvolvido permite estimar o risco de possíveis colisões ou outras interrupções do tráfego nos cruzamentos, pesando vários fatores críticos, como as obstruções visuais próximas, ruídos e erros no sensor, a velocidade de outros carros e até a atenção de outros automobilistas.
Com base na avaliação dos riscos, o algoritmo de decisão pode aconselhar o carro a parar no trânsito ou avançar o suficiente para recolher mais dados.
Com a ambição de superar as limitações já encontradas noutros sistemas de uso semelhante, o projeto tem o objetivo concreto de aumentar a segurança nos cruzamentos. A solução foi testada em mais de 100 situações diferentes com veículos controlados remotamente em cenários citadinos. As experiências envolveram carros totalmente autónomos e outros dirigidos por pessoas, mas assistidos pela tecnologia do MIT.
A taxa de sucesso alcançado nos ensaios do projeto tem variado entre 70% e 100%, um dado animador face a soluções concorrentes em que os veículos envolvidos não fazem uma única travessia sem colidirem.
De acordo com informação disponível na web do CSAIL, o modelo também poderá ser potencialmente implementado em certos «sistemas avançados de assistência ao motorista» (ADAS), onde os humanos mantêm o controlo compartilhado do veículo.
Numa fase posterior do projeto, os investigadores pretendem incluir outros fatores de risco desafiantes, como a presença de peões movimentando-se nas imediações dos cruzamentos e entroncamentos.
A fabricante japonesa, através do seu próprio instituto de investigação, tem vários projetos de desenvolvimento tecnológico nos EUA. No Laboratório de Inteligência Artificial da Universidade de Stanford (SAIL), a Toyota está envolvida em projetos que incluem interações homem-computador e homem-robô.
Na Universidade do Michigan, as pesquisas estão focadas na inteligência artificial, robótica e também na condução autónoma.
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