Poupança das famílias sobe no 2.º trimestre e inverte queda verificada desde 2015

  • Lusa
  • 23 Setembro 2016

A taxa de poupança das famílias aumentou ligeiramente para 3,9% do rendimento disponível no ano acabado no segundo trimestre de 2016, invertendo a queda que se verificava desde meados de 2015.

Segundo as Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional referentes ao segundo trimestre deste ano, divulgadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de poupança subiu ligeiramente no ano terminado no segundo trimestre, representando 3,9% do rendimento disponível, quando nos 12 meses terminados em março era de 3,8%.

Esta é a primeira vez que a taxa de poupança das famílias sobe desde o primeiro trimestre de 2015, quando aumentou para 5,3% do rendimento disponível.

Desde o segundo trimestre de 2015 que a taxa de poupança vinha a descer consecutivamente, acabando por atingir 3,8% do rendimento disponível no ano terminado no primeiro trimestre de 2016, o valor mais baixo desde 1999, o primeiro ano para o qual o INE tem registo. Foi graças a esta quebra da poupança que se registou nos últimos meses um aumento do consumo das famílias, sublinhou o Fundo Monetário Internacional na última avaliação a Portugal, no âmbito do Artigo IV. Um aumento superior ao rendimento disponível.

O INE afirma que esta subida ligeira da taxa de poupança das famílias, face aos 12 meses terminados no trimestre anterior, “refletiu um crescimento ligeiramente mais elevado do rendimento disponível comparativamente com o da despesa de consumo final (0,7% e 0,6%, respetivamente)”.

O rendimento disponível das famílias “resultou principalmente” do aumento de 0,8% das remunerações recebidas, devido ao aumento de 0,9% das remunerações pagas pelas empresas e à diminuição dos impostos pagos sobre o rendimento e do património, efeito que foi “parcialmente compensado” pelo aumento das contribuições sociais das famílias.

Também a capacidade de financiamento das famílias atingiu 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano acabado no segundo trimestre de 2016 (0,7% no trimestre anterior), resultado para o qual “contribuiu principalmente o aumento da poupança corrente e a diminuição do investimento”, justifica o INE.

Por sua vez, a capacidade de financiamento das empresas manteve-se em 0,2% do PIB no ano terminado no segundo trimestre de 2016 (uma taxa semelhante à registada no trimestre anterior).

Já a capacidade de financiamento da economia fixou-se em 0,9% do PIB no segundo trimestre do ano, representando uma ligeira subida de 0,1 pontos percentuais face ao período anterior.

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