Volatilidade impulsiona seguro de crédito a empresas, diz Aon
Um estudo da Aon confirma que as soluções de seguro de crédito ajudam as empresas a crescerem em contextos de incerteza, mas apenas 20% dos CFO utiliza a totalidade de soluções disponíveis.
“O mercado dos seguros de crédito está a desempenhar um papel fundamental no crescimento contínuo das empresas”. Esta é a principal conclusão do ‘Driving growth through uncertain times: The hidden gemstones’, o mais recente relatório da Aon, que tem como objetivo analisar a relação entre as soluções de seguro de crédito e o crescimento das organizações face às incertezas globais.
De acordo com Stuart Lawson, CEO da área de soluções de crédito na região EMEA, “os líderes empresariais de hoje estão a enfrentar uma incerteza cada vez maior (…), ao mesmo tempo que estão a sentir uma crescente pressão para libertar capital e gerir o risco associado às suas cadeias de abastecimento”.
Para alcançar estes objetivos, acrescenta, “o seguro de crédito é uma ferramenta crítica, dado que permite às empresas usar de forma efetiva o mercado de crédito e capital para sustentar as suas ambições estratégicas e para assegurar um crescimento sustentável das organizações”.
De acordo com o relatório, as empresas que têm procurado expandir a sua atividade para mercados internacionais estão a enfrentar um crescimento da volatilidade causado por um ambiente macroeconómico cada vez mais incerto, que tem sido impulsionado sobretudo pela imprevisibilidade de acontecimentos como a tensão comercial entre os Estados Unidos e a China e o Brexit.
Para além disso, prossegue a Aon, “as mudanças no comportamento dos consumidores e o aumento das expectativas destes são igualmente fatores estimuladores do clima de incerteza e vulnerabilidade nas empresas”, enquanto a transformação digital e o surgimento de novos players têm provocado alterações no mercado de consumo.
Perante este cenário, o estudo releva ainda que “as empresas precisam de gerir estas incertezas ao mesmo tempo que investem em novas formas de crescimento”, o que origina pressões adicionais sobre as demonstrações financeiras, considerando que o acesso ao crédito esteja limitado.
Neste contexto, a Aon “salienta a importância do seguro de crédito como uma ferramenta de financiamento” face às atuais limitações. Estima-se que “o montante nocional de seguro de crédito que garante as exposições bancárias pendentes apresenta uma tendência de crescimento, tendo já excedido os 300 mil milhões de dólares, ou seja, mais de 276 mil milhões de euros”, nota a companhia britânica líder mundial de serviços profissionais com ampla gama de soluções de risco, reforma e saúde.
Apesar das vantagens dos seguros de crédito, o estudo alerta para o longo trabalho que é preciso ser feito ao nível da aceitação e consciencialização para este tipo de soluções. “Os dados recolhidos apontam para que apenas 20% dos CFO (Chief Financial Officers) estejam a utilizar a oferta completa de soluções disponíveis“, refere o comunicado que acompanha o estudo.
No final, nota a Aon Portugal, o relatório explora ainda o modo como a inovação, a data & analytics e a Inteligência Artificial no setor segurador “estão a dar aos clientes acesso privilegiado a informações que lhes permitem ajustar a sua exposição financeira, otimizar o working capital e conhecer o risco de crédito originado pelos principais clientes e mercados”.
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