Primeira greve total em 12 anos paralisa fábricas da Hyundai
A Hyundai Motor e os sindicatos já se sentaram para negociar em 26 ocasiões nos últimos meses, sem que se tivesse chegado a um acordo.
Os trabalhadores da Hyundai Motor na Coreia do Sul iniciaram hoje uma greve total, a primeira do tipo desde 2004, que obrigou o maior fabricante de automóveis do país asiático a parar a sua linha de produção. “Se a empresa não quer que avancemos juntos, vamos mostrar-lhes as consequências das suas ações”, afirma o sindicato da empresa num panfleto oficial hoje divulgado.
A atividade nas fábricas da Hyundai na Coreia do Sul foi suspensa às 06:45 (22:45 de domingo em Lisboa) devido à greve convocada após a recusa da última proposta de melhoria de condições laborais emitida pela direção da empresa.
A Hyundai Motor ofereceu um aumento salarial de 58.000 won (46,7 euros) por mês, um bónus, de caráter único, de 3,3 milhões de won (2.660 euros) e disponibilizou-se a retirar a proposta de um teto salarial que havia sido criticada pelo sindicato. Os 50 mil membros do sindicato – que aglutina uma larga maioria dos aproximadamente 65 mil funcionários da Hyundai – rejeitaram a oferta, com 78,05% dos votos, considerando-a insuficiente.
Nos últimos meses, as duas partes sentaram-se à mesa para negociar por 26 ocasiões e foram registadas 19 paralisações parciais só este ano, as quais resultaram no fabrico de menos 101.400 automóveis e perdas na ordem dos 2,23 biliões de won (1,79 milhões de euros).
O sindicato do fabricante automóvel garantiu que ao longo desta semana irão dar continuidade às paralisações de seis horas por dia, com exceção dos dias em que haja negociações com a entidade patronal.
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