Covid-19 em Portugal ultrapassa barreira dos 20 mil casos. Número de infetados subiu 2,65%
Direção Geral de Saúde atualizou dados do número de infetados em Portugal com Covid-19. Há 20.206 pessoas, enquanto o número de vítimas mortais aumentou em 27 pessoas, para um total de 714.
O número de infetados com coronavírus em Portugal ultrapassou os 20 mil casos. Até ao final do dia de sábado, foram confirmados 521 novos casos, ou seja, mais 2,65% que no dia anterior. Morreram 27 pessoas, elevando o número total de vítimas mortais para 714.
O total de infetados situa-se, assim, em 20.206 pessoas, segundo os últimos dados da Direção Geral de Saúde. Destes, 1.243 pessoas estão internadas (menos sete que nas 24 horas anteriores), das quais 224 estão nos cuidados intensivos (menos quatro).
Há ainda 4.959 casos a aguardar resultados laboratoriais e, desde que o surto começou em Portugal, já recuperam 610 pessoas (um montante que se manteve inalterado face aos últimos dados). O número de contactos em vigilância pelas Autoridades de Saúde é de 27.947.
Desde que a pandemia chegou a Portugal, o Norte tem sido a região mais afetada. Conta atualmente com um total de 12.148 casos confirmados e 409 vítimas mortais. Por concelhos, o Porto continua a destacar-se, depois de ter passado ontem ao concelho com mais infetados, e tem atualmente 1.059 casos. Em Lisboa, são 1.038 e, em Vila Nova de Gaia, 1.035.
A região de Lisboa e Vale do Tejo conta com 4.500 casos e 126 mortes e o Centro com 2.923 pessoas infetadas e 157 mortes. No Algarve, há 310 infetados e dez vítimas mortais, enquanto o Alentejo tem 158 casos confirmados, mas nenhum morto.
Nas regiões autónomas, há 106 casos de infeções nos Açores, sendo que morreram já cinco pessoas. Na Madeira não há registo de vítimas mortais, mas havia 61 doentes confirmados no dia em que o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, implementou um cordão sanitário na freguesia de Câmara de Lobos para combater a propagação comunitária.
900 mil kits de diagnóstico a caminho de Portugal
Após a divulgação dos dados, a ministra da Saúde Marta Temido anunciou que foram realizados no país 249 mil testes de diagnóstico desde 1 março. Do total, 68% foram feitos já em abril, o que segunda a governante “demonstra uma intensificação dos testes nos últimos 19 dias”. Em média, foram realizados 9.800 testes por dia.
Em conferência de imprensa, Marta Temido explicou ainda que chegaram, nos últimos dias, 400 mil testes e 334 mil zaragatoas. Esta semana, serão entregues mais 900 mil kits e 334 mil zaragatoas.
Sobre outro material médico, a ministra anunciou a chegada de 5,5 milhões de máscaras cirúrgicas e 1,2 milhões de máscaras FFP2 e FFP3. Irão ainda aterrar, ainda este domingo, 65 ventiladores, sendo que os restantes que foram encomendados à China irão chegar de forma faseada ao longo dos próximos dias. “As nossas maiores dificuldades estão agora na entrega de batas“, admitiu Marta Temido.
“Uma saída desnecessária pode deitar tudo a perder”
A ministra da Saúde reafirmou que o pico da pandemia poderá já ter passado, mas sublinhou que enquanto não for encontrada uma vacina, não estaremos livres da doença. Deixou, por isso, um apelo a que não se abandone o distanciamento social. “Gostaríamos todos, neste momento, de estar a viver as nossas vidas de outra forma, mas temos de ser muito ponderados”, sublinhou.
“Um gesto imponderado e uma saída desnecessária pode deitar tudo a perder“, disse. Tanto a ministra como a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, garantiram que a manutenção do distanciamento não é incompatível com as comemorações do 25 de abril ou do 1º de maio. “Não há uma contradição entre este dever, que impende sobre todos e o que sejam a organização de eventos que possam ser feitas sobre dias específicos“, afirmou Marta Temido.
A ministra da Saúde anunciou ainda que o Programa Nacional de Saúde Mental e a DGS publicaram uma norma específica para reforçar a resposta no campo da saúde mental no contexto da pandemia de Covid-19. “Nestes dias de grande dificuldade, ter saúde mental é ter capacidade de resistir e estar no cumprimento do isolamento social até que tenhamos mais certeza da estabilidade da nossa situação”.
(Notícia atualizada às 13h30)
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