Remodelação do Governo em Angola limita ainda mais influência de Zedu
Remodelação governamental deste mês reduziu o Governo de 28 para 21 ministros. Consultora Eurasia acredita que vai ajudar João Lourenço a continuar a agenda reformista.
A consultora Eurasia considera que a remodelação governamental em Angola serviu para diminuir ainda mais o poder do antigo Presidente da República e aumentar o número de tecnocratas que vão ser úteis nas reformas.
“Estas alterações vão diminuir significativamente os custos com pessoal mas, mais importante, vão ajudar a diminuir o poder de José Eduardo dos Santos e aumentar o objetivo de consolidação política de João Lourenço”, escrevem os analistas.
Num comentário enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas dizem que a remodelação governamental deste mês, que reduziu o Governo de 28 para 21 ministros, promoveu “vários tecnocratas que também vão ajudar João Lourenço a continuar a sua agenda reformista apesar da deterioração das perspetivas económicas”.
A 6 de abril o Presidente de Angola fez divulgar a lista dos novos membros do executivo, que encolheu de 28 para 21 ministérios, destacando-se a saída de Manuel Augusto, das Relações Exteriores, substituído pelo seu secretário de Estado Tete António.
Da longa lista de exonerações divulgada este domingo pela Casa Civil de João Lourenço constam 17 ministros e 24 secretários de Estado, bem como o secretário do Presidente da República para os Assuntos Políticos, Constitucionais e Parlamentares e o diretor do Gabinete de Ação Psicológica e Informação da Casa de Segurança do Presidente da República.
Muitos dos governantes transitam de pastas, mas Já Adjany Costa, a jovem bióloga que venceu um prémio das Nações Unidas para os ambientalistas que mais se distinguiram no ano passado, será de facto uma cara nova no executivo, assumindo um superministério que junta Cultura, Turismo e Ambiente.
De fora, ficam as anteriores ministras Maria da Piedade Jesus, Maria Ângela Bragança e Paula Coelho.
Manuel Gomes da Conceição Homem estreia-se no novo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, até agora dividido entre as Telecomunicações e Tecnologias de Informação, tutelado por José Carvalho da Rocha, e Comunicação Social, liderado por Nuno Caldas Albino.
Este, por seu turno, será o novo secretário de Estado da Comunicação Social, deixando de fora Celso Malavoleneke.
Mantêm-se nas mesmas funções, Diamantino Pedro Azevedo, ministro dos Recursos Minerais e Petróleo, que junta o Gás ao seu departamento, bem como Manuel Tavares de Almeida, ministro da Construção e Obras Públicas, agora responsável pelas Obras Públicas e Ordenamento do Território, anteriormente assumido por Ana Paula Carvalho.
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