FC Porto arrisca falhar empréstimo obrigacionista e quer prolongar emissão por mais um ano
A SAD do FC Porto tem de reembolsar um empréstimo obrigacionista de 35 milhões a 9 de junho, mas já fez saber que não vai fazê-lo. Quer propor o prolongamento da emissão por 12 meses.
Depois do Sporting, é agora a Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do FC Porto a arriscar falhar um empréstimo obrigacionista e a admitir que a solução é tentar prolongar a emissão de 35 milhões de euros que terá de ser reembolsa no dia 9 de junho. “O que faríamos normalmente seria o lançamento de um novo empréstimo obrigacionista no mesmo valor e com a mesma taxa”, explicou ao jornal desportivo O Jogo o administrador financeiro do clube, Fernando Gomes. Mas, justifica, como não há condições de mercado, a alternativa é propor o prolongamento da emissão por mais um ano nas mesmas condições de juro.
O que é que a SAD do Porto vai propor aos obrigacionistas em assembleia geral? O prolongamento da emissão por 12 meses, com a mesma taxa de 4,5% e o reembolso em junho de 2021. Mas também admite a antecipação desta liquidação para janeiro de 2021, no período de transferências. Mas isto, claro, supõe a capacidade da SAD do Porto de gerar mais valias com as vendas de jogadores.
A renovação da emissão obrigacionista não é o único problema da administração da SAD do FC Porto, liderada por Jorge Nuno Pinto da Costa.
As contas da SAD do Porto já estavam sob pressão antes da pandemia da Covid-19 e da paragem do campeonato. Sob supervisão da UEFA ao abrigo do ‘fairplay’ financeiro, uma espécie de troika na gestão dos clubes, a SAD do FC Porto apresentou um resultado líquido consolidado negativo de 51,854 milhões de euros no primeiro semestre da época desportiva 2019/20, justificado pela qualificação falhada para a Liga dos Campeões de futebol.
Agora, com a pandemia e a paragem dos campeonatos, o FC Porto avançou para cortes salariais dos jogadores (assim como o Sporting). Embora nenhuma medida tenha sido ainda oficializada, a imprensa desportiva dá conta de um corte salarial de 40% na equipa principal dos dragões enquanto a bola não começar a rolar. A medida permitirá poupar mais de seis milhões no imediato. Segundo o jornal Record, 20% do montante cortado será devolvido assim que a competição seja retomada; os outros 20% serão devolvidos quando os jogos contarem novamente com público no estádio e o clube possa arrecadar com receitas da bilheteira.
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