Governo espanhol confirma rendimento mínimo garantido em vigor em maio
O rendimento mínimo garantido vai chegar a três milhões de pessoas num milhão de lares, dos quais 100 mil serão famílias monoparentais.
O vice-presidente do Governo espanhol, Pablo Iglesias, confirmou, no sábado, que o rendimento mínimo garantido vai entrar em vigor em maio, defendendo que a medida é “fundamental” no contexto da crise causada pela pandemia covid-19.
“O rendimento mínimo garantido entrará em vigor em maio”, afirmou Pablo Iglésias em declarações à Sexta TV, assegurando que a medida vai concretizar-se. “Há muitas famílias espanholas que estão numa situação desesperante“, sublinhou Iglesias.
Pablo Iglésias disse que foram cometidos “erros de comunicação” na gestão da crise causada pelo novo coronavírus, afirmando que “no governo é discutido e depois são alcançados acordos” e que, no caso do rendimento mínimo garantido, foi discutido o “momento” para a sua implementação.
O líder do Unidas Podemos defendeu que, no contexto da pandemia covid-19, a implementação imediata da medida é “fundamental”.
Em 16 de abril, o ministro espanhol da Inclusão, Segurança Social e Migração, José Luis Escrivá, anunciou que Espanha vai criar um rendimento mínimo garantido que vai chegar a três milhões de pessoas num milhão de lares, dos quais 100 mil serão famílias monoparentais.
De acordo com declarações feitas por José Luis Escrivá a uma rádio, o anúncio do “rendimento mínimo vital” para apoiar as famílias em situação “vulnerável” estaria iminente, estando a medida a ser trabalhada “a um ritmo acelerado” para ser levada a Conselho de Ministros o mais rapidamente possível.
O ministro negou que tenha havido “pressão” sobre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) feita pelo seu parceiro no Governo, Unidas Podemos, para acelerar o processo de aprovação e assegurou que há um acordo dentro do executivo sobre a urgência da aprovação da medida.
A criação de um rendimento mínimo garantido faz parte do programa do Governo de esquerda espanhol que terá acelerado a sua implementação devido ao aumento do desemprego e diminuição de rendimento de muitas pessoas devido aos efeitos da pandemia criada pela covis-19.
Na quarta-feira, o parlamento espanhol aprovou o prolongamento por mais duas semanas, até 09 de maio, do estado de emergência em vigor desde 15 de março no país, com o objetivo de lutar contra o novo coronavírus.
Espanha registou, nas últimas 24 horas, 378 mortes devido ao novo coronavírus, uma pequena subida em relação a sexta-feira, havendo até agora um total de 22.902 óbitos, segundo as autoridades sanitárias do país. De acordo com o Ministério da Saúde espanhol, há 2.944 novos casos positivos, elevando para 205.905 o total de infetados.
Os números diários indicam ainda que nas últimas 24 horas há 3.353 pessoas curadas depois de terem contraído a doença, sendo o total de 95.708 desde o início da pandemia.
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