Central sindical no Luxemburgo quer seguro covid-19 para todos trabalhadores
Todos os trabalhadores expostos a riscos de contágio pela covid-19 devem ter cobertura total e simplificada, reclama uma central sindical cuja implantação se estende à Bélgica e Alemanha.
A Accident Insurance Association (AAA) declarou que uma infeção por COVID-19 contraída no local de trabalho deve ser equiparada a uma doença profissional. O OGB-L, maior organização sindical do Luxemburgo e com ação alargada a outros países da Europa central, saudou a iniciativa, mas exige que a medida seja simplificada e generalizada a todos os trabalhadores, além das profissões até agora abrangidas.
De acordo com o site Contacto (canal do Luxemburger Wort em língua portuguesa), a covid-19 é uma doença infeciosa e, no Grão-Ducado, estas doenças já estão abrangidas na tabela de doenças profissionais, indicando que os tratamentos médicos da infeção e das suas sequelas são pagos na totalidade ao segurado, como lembra a OGB-L.
No entanto, explica a fonte, de acordo com a lista de doenças profissionais, a cobertura a 100% é assegurada apenas aos trabalhadores de estabelecimentos ou serviços que tratam da profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças contagiosas, ou para os casos em que o segurado está particularmente exposto a riscos similares de contágio, devido à sua atividade profissional, como acontece os trabalhadores do setor da saúde.
A central sindical defende o alargamento da cobertura total do seguro – para casos de contágio pela covid-19 no local de trabalho – a todos os trabalhadores que estejam expostos ao risco.
“A OGB-L não aceita qualquer tratamento desigual dos trabalhadores” com base na sua atividade profissional, argumenta a central sindical. “Todos os funcionários expostos a riscos semelhantes de contágio por causa da sua atividade profissional, devem ter os mesmos direitos ao nível dos seguros”, devido à particularidade de transmissão da covid-19, como por exemplo acontece com as equipas que trabalham em vendas.
O sindicato pretende manter a contestação à existência de “obstáculos” nos procedimentos a seguir pelo trabalhador infetado fora do setor da saúde, até que a AAA admita o vínculo entre a infeção e o local de trabalho.
O reconhecimento deve não só ser “simplificado como acelerado” permitindo o tratamento igual para todos os trabalhadores, reclama o sindicato.
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