Lucros do Grupo Santander diminuem 82% no primeiro trimestre. Provisões para impacto do Covid explicam quebra
Ana Botín diz que o banco vai rever os seus objetivos estratégicos quando tiver uma visão mais completa do impacto total da crise, que levou o banco a constituir provisões de 1,6 mil milhões de euros.
O grupo espanhol Santander teve lucros de 331 milhões de euros no primeiro trimestre, mas menos 82% do que um ano antes, depois de ter constituído provisões de 1,6 mil milhões de euros para se precaver do impacto da crise do Covid-19.
Numa nota enviada à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) de Madrid, o banco explica que o resultado subjacente no primeiro trimestre foi de 1.977 milhões de euros, mais 1% (mais 8% em euros constantes), tendo sido pouco afetado pela pandemia.
O grupo bancário sublinhou que a sua solvabilidade em termos de capital de qualidade máxima CET1 se manteve no intervalo objetivo, em 11,58%.
O Santander concedeu em abril uma média de mais de 1,1 mil milhões de euros por dia em novos empréstimos às PME e às grandes empresas afetadas pelo Covid-19, prevendo simultaneamente afetar 100 milhões de euros a iniciativas de solidariedade, muitas das quais já foram implementadas.
“Embora o impacto final e mais permanente seja atualmente impossível de prever, estamos numa posição sólida. O nosso rácio de capital CET1 aumentou mais de 300 pontos base ao longo dos últimos cinco anos e as provisões que fizemos neste trimestre reforçam ainda mais os nossos rácios de cobertura”, afirmou a presidente do grupo bancário espanhol, Ana Botín, em comunicado.
A responsável máxima do grupo acrescentou que o banco vai rever os seus objetivos estratégicos quando tiver uma visão mais completa do impacto total da crise.
“No entanto, estamos confiantes nos fundamentos do nosso modelo de negócio e os pilares da nossa estratégia continuam inalterados. Acreditamos que estamos bem posicionados para resistir à desaceleração prevista, apoiados pela nossa carteira bem diversificada que tem níveis elevados de proteção para riscos colaterais, e pela solidez do nosso balanço.
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