Future Lloyd’s valida sindicato de subscrição criado por startup

  • ECO Seguros
  • 7 Maio 2020

O Syndicate 4747 é produto de uma startup e começa a operar em julho no âmbito do projeto Future Lloyd's.

A Carbon Underwriting é o MGA (Managing General Agent) que obteve o acordo de princípio da Lloyd´s para criar o seu próprio sindicato de colocação na plataforma londrina, mais precisamente um Syndicate-in-a-Box (SIAB) na gíria internacional da indústria.

O novo Syndicate 4747 não será apenas mais um dos muitos que operam no universo do mercado Lloyd’s of London. Corporiza o ambicioso projeto da startup (Carbon) e iniciará a atividade efetiva a partir de 01 de julho, com uma expectativa para subscrever até 15 milhões de libras esterlinas em volume bruto de prémios no primeiro ano, podendo vir a atingir 62,5 milhões de libras (cerca de 72 milhões de euros) ao fim do terceiro ano de atividade.

Este sindicato, marcadamente insurtech, o segundo entre os SIAB da nova era do Lloyd’s, vai assumir riscos nos ramos de património e acidentes e será gerido pela Asta, por sua vez agente independente que funciona como incubador de MGAs (Managing General Agents), respondendo atualmente por uma carteira de 10 sindicatos no Lloyd’s.

A MGA responsável pelo projeto nomeou Nicholas Tye como subscritor ativo do novo sindicato, apoiado por uma equipa que inclui um diretor-geral (Stephen Card), um chefe do serviço de subscrição (Jacqui Ferrier), um subscritor principal e responsável pela área de tecnologia (Ben Laidlaw).

Os sindicatos são a coluna vertebral do Lloyd´sof London e, junto com os corretores, MGAs, e clientes de seguros, animam o famoso hub londrino de seguros. Os SIAB (Syndicate-in-a-Box) são agora uma nova realidade (em que a Asta tem papel importante) no quadro do projeto Future da plataforma Lloyd´s, cujo objetivo é captar inovação, empreendedorismo e projetos de capital rentáveis.

Citado num comunicado da Carbon, Stephen Card, CEO, saúda o apoio da parceira Asta, cuja ligação considera fundamental para o trajeto feito pela startup no acesso ao Lloyd´s, e vinca: “A nossa ambição foi sempre a de criar um sindicato nosso, mas a escala era o maior obstáculo. O enquadramento dos SIAB, aliado ao apoio da Asta, permitiram-nos obter a licença da Lloyd´s mais cedo do que esperávamos. Com os custos de reporte e requisitos de capital mais reduzidos que o modelo SIAB proporciona foi mais fácil construir um modelo de negócio rentável sem depender da escala.”

Um dos objetivos do projeto Future, lançado em 2019, é que os SIAB funcionem como núcleos de incubação através dos quais empresas inovadoras e rentáveis possam participar no mercado por um período determinado sem que tenham de suportar os custos de uma presença física no Lloyd´s.

Realçando a particularidade dos SIAB, Julien Tighe, diretor geral da Asta realça que é a melhor solução para os empreendedores em atividade de subscrição poderem aceder ao Lloyd´s de forma “menos onerosa e mais rápida.”

No quadro do Future Lloyd´s, o SIAB 4747 encaixa como subscritor especialista de capacidade internacional. A startup apoia-se numa plataforma tecnológica própria, designada Graphene (compatível com as normas DA SATS), capaz de analisar portefólios de diferentes intervenientes do mercado e reduzir custos ao longo de toda a cadeia de seguro.

A primeira companhia a lançar um SIAB foi a Munich Re Syndicate, filial da resseguradora alemã e MGA de longa data no Lloyd´s.

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