AXA perceciona quebra atual de 12% no negócio. Pandemia terá impacto forte no balanço anual
A companhia reporta quebra de 9% no volume de negócios entre janeiro e março, face igual período de 2019. Em base comparável, indica variação positiva de 4% e receita consolidada de 31,7 mil milhões.
“Embora os sinistros relacionados com a covid-19 notificados em março tenham sido limitados, e as consequências precisas desta crise permanecem incertas nesta fase, acreditamos que a crise do Covid-19 terá um impacto significativo nos resultados do grupo em 2020», refere Thomas Buberl, CEO da AXA, citado no comunicado.
Do montante total de receitas, 12,1 mil milhões correspondem a seguro de danos, que cresceu 5%, nomeadamente o segmento de clientes empresariais, enquanto o volume de receitas no negócio saúde progrediu 8%, até 4,1 mil milhões e a área de previdência (pensões e outros) somou 4,4 mil milhões de euros, em acréscimo de 3% face ao percebido um ano antes.
A AXA XL, braço especializado na cobertura de danos junto de grandes empresas, realizou 6,6 mil milhões de receitas, evidenciando aumento de 8% face aos primeiros três meses de 2019.
A seguradora francesa antecipa uma desaceleração da atividade, adiantando que é cedo para estimar o impacto global da crise (covid-19) nos seus resultados. No entanto, reitera a ideia já avançada por Buberl: a pandemia terá “impacto significativo” no desempenho do grupo em 2020, salienta a instituição no relatório contendo os indicadores trimestrais.
Em março, último mês do período agora reportado, o volume de negócios desceu cerca de 5% em relação ao ano passado. De acordo com o comunicado, “as primeiras tendências para abril mostram uma redução do volume de negócios em torno dos 12% para a maioria das áreas geográficas, comparativamente com abril de 2019”.
Perspetivando o futuro, a AXA estima que os impactos [da crise] serão mais acentuados nos ramos vida, poupança e pensões, enquanto os ramos de acidentes e saúde serão afetados com menor intensidade.
No final do primeiro trimestre, o grupo AXA apresentava o rácio regulamentar solvabilidade (Solvência II) em 182%, contra 198% no fecho do exercício de 2019. Esta diminuição deveu-se principalmente a efeitos desfavoráveis no mercado de crédito, nomeadamente por efeito do aumento dos spreads para dívida (de empresas e obrigações soberanas), juntamente com o nível baixo das taxas de juro, explica a companhia.
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