Cibercrime ataca 70% do setor financeiro
Um inquérito da Keeper Security junto de 2400 profissionais de TI de uma dezena de países mostra que 70% das empresas financeiras sofreu ataques. Apenas 39% diz ter postura de cibersegurança eficaz.
Cerca de 70% das instituições financeiras a nível mundial sofreram um ataque cibernético e quase metade relatou ter sofrido um ataque nos últimos 12 meses, de acordo com um novo estudo da empresa cibersegurança Keeper Security. O inquérito concluiu que 69% das instituições financeiras tinham sido vítimas de ciberataques.
Tratando-se de uma indústria “altamente regulamentada, é imperativo que as empresas financeiras não deixem que os cibercriminosos explorem falhas. Infelizmente, a maioria destas empresas já sofreu um ataque cibernético e as nossas pesquisas mostram que ainda não estão a ir suficientemente longe para impedir o próximo”, observa Darren Guccione, co-fundador e CEO da Keeper.
O relatório Global State of Cybersecurity in Small and Medium-Sized Businesses 2019, produzido pela Keeper, entrevistou cerca de 2.400 profissionais de TI e de segurança informática nos EUA, no Reino Unido, na região Alemanha, Áustria e Suíça, no Benelux (Bélgica; Países Baixos e Luxemburgo) e países escandinavos.
“O setor dos serviços financeiros está em plena era de rutura, mas a transformação não deve ser feita à custa da cibersegurança”, complementa Guccione, citado na edição britânica da Insurance Business Magazine.
De acordo com o resultado do inquérito, 77% dos inquiridos sentem que os ciberataques tornaram-se mais direcionados, enquanto 64% disseram que estavam a tornar-se mais severos e 63% apontaram maior sofisticação nos métodos utilizados pelo cibercrime.
Metade do universo auscultado afirmou não dispor de orçamento suficiente para dispor de recursos mais fortes na cibersegurança, e 47% não tinha um plano de resposta para ciberataques. Apenas 39% das empresas de serviços financeiros afirmaram que a sua postura de segurança informática era muito eficaz.
As violações de dados nos serviços financeiros resultaram numa média de aproximadamente 7 100 registos de clientes e funcionários perdidos ou roubados, e custaram em média um milhão de dólares devido à interrupção das operações comerciais, detalha a Keeper.
Referindo ordem de grandeza semelhante à das conclusões apresentadas pela Keeper Security, um barómetro da Euler Hermes sobre o cibercrime em França revela que, em 2019, mais de 7 em cada 10 empresas foram vítimas de pelo menos uma tentativa de fraude (um dado estável em comparação com 2017 e 2018), e 29% delas foram alvo de mais de cinco tentativas (24% em 2018).
No total, 27% das empresas inquiridas no estudo sofreram pelo menos uma fraude comprovada (26% em 2018) e 43% notaram um aumento dos ataques durante os períodos de férias, fins de semana ou vésperas deste período semanal (35% em 2018). De acordo com a análise da Euler Hermes, o prejuízo resultante dos eventos de cibercrime foi superior a 10.000 euros (o mesmo que em 2018) para quase um terço das vítimas.
O roubo de identidade foi a técnica mais utilizada pelos autores de fraudes, segundo a maioria dos inquiridos, e a fraude assumindo identidade falsa de fornecedores a mais utilizada pelos hackers (48%).
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