Lufthansa não aceita condições de Bruxelas. Adia decisão sobre resgate do Governo alemão
Empresa considera que deve estudar aprofundadamente os efeitos económicos que as condições da CE terão na empresa "e possíveis cenários alternativos".
O grupo aéreo alemão Lufthansa adiou esta quarta-feira a aprovação do plano de resgate negociado com o Governo alemão devido às condições estabelecidas pela Comissão Europeia (CE).
A Lufthansa informou que o conselho de supervisão discutiu esta quarta-feira a aprovação do plano apresentado na segunda-feira para atenuar as consequências da pandemia de covid-19 e tomou nota das condições da CE, tendo considerado que vão debilitar a função dos aeroportos da Lufthansa em Frankfurt e Munique como pontos de conexão aérea internacional.
A Lufthansa considera que deve estudar aprofundadamente os efeitos económicos que as condições da CE terão na empresa “e possíveis cenários alternativos”. Por isso, o conselho de supervisão não pode aprovar o plano de resgate nem convocou uma assembleia-geral extraordinária de acionistas.
Todavia, considera que as ajudas estatais são a única alternativa para garantir a sua solvência. Numa conferência de imprensa, a chanceler alemã, Angela Merkel, explicou que estão “em curso” negociações com Bruxelas.
Na segunda-feira, a Lufthansa e o Governo alemão indicaram que chegaram a acordo sobre um plano de ajuda de 9 mil milhões de euros, com o Estado a tornar-se o primeiro acionista do grupo com 20% do capital.
O Estado, que regressa ao capital da companhia aérea após 20 anos de ausência, aprovou o plano através de um fundo de estabilidade económica do Governo federal (WSF), criado para atenuar as consequências da pandemia de covid-19.
O acordo surge após longas negociações sobre a ajuda, que se destina a evitar a falência da transportadora, numa altura em que o setor aéreo atravessa uma grave crise.
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