Austríaca UNIQA regista prejuízo de 13,2 milhões até março
A seguradora austríaca com operações no centro e leste europeu, Balcãs e Rússia, culpa a pandemia covid-19 e consequente incerteza para retirar o outlook anual e antecipar desfecho negativo em 2020.
Os dados preliminares dos primeiros três meses do exercício indicam um crescimento de 3,2% no volume bruto de prémios subscritos, para 1 578 milhões de euros. Na ótica das normas internacionais de reporte financeiro IFRS (que restringem o reporte de prémios às subscrições efetivamente retidas), o valor líquido de prémios cresceu 2,1%, para cerca de 1 257 milhões de euros, anunciou o UNIQA Insurance Group (UNIQA) em comunicado.
A evolução no volume de prémios foi suportada por progressão de 2,6% na Áustria (totalizando cerca de 1,14 mil milhões de euros em prémios); acréscimo de 5% na Polónia (85,1 milhões); subida de 11% no mercado checo (para 80,6 milhões) e mais 6% (em variação homóloga) na Hungria, onde o volume de prémios alcançou 63,5 milhões de euros, além da Ucrânia, com variação assinalável de 12% e um total equivalente a 30,7 milhões de euros em prémios brutos.
Os restantes 13 mercados da companhia registaram variações positivas e volumes relativamente marginais, com exceção da Rússia, Bulgária, Roménia e Albânia a apontarem declínios percentuais de até dois dígitos face a igual período de 2019. Por segmento segurador, os prémios em propriedade e danos (P&C) avançaram 3,7%, para um consolidado de 913,3 milhões, enquanto a área de seguros saúde progrediram acima de 5%, para mais de 303 milhões de euros.
As despesas líquidas operacionais consolidadas pelo grupo UNIQA cresceram 9,3%, face ao trimestre comparável de 2019, totalizando 379 milhões. Já o resultado operacional líquido derrapou de 56,1 milhões de euros no período janeiro-março de 2019, para 1,6 milhões em igual período de 2020. Com a subida dos custos, o resultado técnico do grupo foi negativo em 900 mil euros, contra um positivo de 31,2 milhões um ano atrás.
O rácio combinado (indicador de eficiência na gestão do negócio segurador) agravou-se 1,5 pontos percentuais face a março de 2019, passando para 97,8%.
Com estes números e face ao cenário de incertezas, o grupo que opera dezenas de subsidiárias em 18 países retirou as perspetivas (outlook) de fechar o ano com um resultado, pelo menos, igual ao de 2019 e avisa já que não pagará dividendos sobre 2020, independentemente do resultado que vier a apurar no final do exercício.
No comunicado, a seguradora presidida por Andreas Brandstetter (chairman e CEO) antecipa que 2020 terminará com prejuízos.
Por fim, o resultado líquido consolidado pelo grupo no final do trimestre foi negativo em 13,2 milhões de euros (contra 32,2 milhões positivos um ano antes), uma queda que reflete o efeito da covid-19 no mercado, reitera a instituição austríaca que, no final do trimestre reportado, contava 13 052 funcionários, mais 1,6% face à folha de salários que pagava um ano antes.
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