Jovens estrelas da NBA exigem seguro contra lesões após paragem longa
Enquanto alguns profissionais da NBA se preocupam com o regime de isolamento em que voltarão à competição oficial no final de julho, um grupo de jovens promessas exige um seguro contra lesões.
Cinco jovens estrelas saídas dos torneios universitários em 2017 reuniram-se há dias com dirigentes da NBPA (sigla original para Associação Nacional de Jogadores de Basquetebol) para discutir a “viabilização de apólices de seguro financiadas pela Liga e que os proteja contra lesões que ameacem as suas carreiras” caso a NBA voltar a jogar, como está previsto, no final de julho, em Orlando, reportou Adrian Wojnarowski (Woj), autor e jornalista da ESPN considerado insider desta indústria desportiva nos EUA.
Kyle Kuzma (Los Angeles Lakers), Bam Adebayo (Miami Heat), De’Aaron Fox (Sacramento Kings), Donovan Mitchell (Utah Jazz) e Jayson Tatum (Boston Celtics) estiveram em contacto com o diretor executivo do NBPA, Michele Roberts, e com o assessor principal Ron Klempner. Os cinco jogadores, que são membros da classe de drafties de 2017, são elegíveis para assinar extensões de contrato quando o período de agência gratuita da liga abrir em outubro e poderão estar em condições de receber aumentos salariais significativos, ou serem transferidos para outras equipas por contrapartidas financeiras atrativas.
Porém, depois de um período de quatro meses de inatividade (devido à covid-19) e antes de poderem assinar outros contratos, regressarem à competição representa um risco de lesão para o qual estes rookies (atletas caloiros) querem que a NBA esteja preparada.
Localmente, para jogadores de valor potencialmente igual ou superior a 100 milhões de dólares, uma apólice de seguro que os proteja “contra a perda financeira resultante de uma lesão que dite o final da carreira pode custar cerca de 500.000 dólares”, reporta a fonte.
“Juntos, Adebayo, Fox, Kuzma, Mitchell e Tatum esperam que, enquanto voz coletiva de talentos de elite, possam moldar o pensamento da liga sobre a partilha do risco nos seguros, não só para eles, mas também para uma faixa mais ampla de jogadores que regressam ao reinício da temporada em Orlando”, sustentam as fontes.
A NBA interrompeu os jogos devido à pandemia da covid-19 em 11 de março e está atualmente a preparar o reinício da competição para o final de julho, com 22 equipas (das 30 da Liga) em Orlando. Cada uma das equipas que regresse jogará oito jogos para finalizar a classificação da época regular, seguidos de quatro rondas de playoffs que se realizariam em outubro, de acordo com o esquema proposto pela organização e já aprovado pelo sindicato dos jogadores (NBPA).
No entanto, segundo o jornal USA Today, que também cita informação do repórter da ESPN, alguns profissionais estão preocupados com o protocolo de confinamento a que ficarão submetidos durante semanas ou meses, em Orlando. As equipas são livres de não regressar aos jogos e os atletas, individualmente, poderão optar por não voltar ao trabalho, sob pena de perderem os salários do resto da temporada.
O documento oficial aprovado pela NBA detalhando o que os jogadores estão (ou não) autorizados a fazer no período da competição tem mais de 100 páginas, e vários jogadores – que querem maior liberdade de movimentos – mostram-se preocupados com o que significará disputar jogos em regime de quarentena, não só pelo distanciamento em relação às respetivas famílias, mas também por causa dos riscos de potenciais contágios pela covid-19.
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