Pequim eleva nível de emergência. Mais de mil voos cancelados e escolas encerradas

  • ECO e Lusa
  • 17 Junho 2020

Face ao ressurgimento de casos em Pequim, a capital chinesa decidiu elevar o nível de emergência. Viagens “não-essenciais” estão proibidas, mais de mil de voos cancelados e escolas fechadas.

Depois de a capital chinesa ter somado 137 casos do novo coronavírus nos últimos seis dias, Pequim decidiu elevar o nível de emergência. Mais de mil voos foram cancelados, escolas encerradas e alguns bairros intensificaram esforços para conter o surto.

Assim, ao decretar o segundo nível de emergência, os comités de bairro vão voltar a verificar a identidade e o estado de saúde dos residentes e a medir a temperatura à entrada.

O ressurgimento da doença na capital da china trocou as voltas as cidadãos, com várias pessoas a temerem uma segunda vaga. Esta quarta-feira os dois aeroportos de Pequim cancelaram mais de mil ligações aéreas. Segundo os dados do rastreador de voos Variflight, citados pela Reuters, 60% dos voos de e para o aeroporto Internacional de Pequim foram ou provavelmente serão cancelados. Já no outro aeroporto principal, em Daxing, também 70% dos voos de e para este destino foram ou também serão cancelados. A maioria dos voos afetados são a nível nacional.

Segundo a imprensa estatal, apesar de no setor ferroviários as viagens não ter sido canceladas, as autoridades estão também a conceder o reembolso de todos os bilhetes de e para a capital chinesa, com o intuito a desencorajar as deslocações.

Esse confinamento parcial implica ainda a suspensão de todas as aulas presenciais no ensino básico, médio e superior, e a recomendação aos residentes que trabalhem a partir de casa, enquanto as comunidades em áreas de “alto risco”, com casos confirmados, por exemplo, estão seladas e os moradores proibidos de se deslocarem.

No dia anterior, Pequim instou os seus 21 milhões de habitantes a evitar viagens “não essenciais” para fora da cidade e ordenou o encerramento das escolas de ensino básico, médio e superior. Além disso, várias cidades e províncias passaram a impor a quarentena a viajantes provenientes da capital chinesa.

A descoberta, nos últimos cinco dias, de mais de cem pacientes ligados a um mercado da cidade, foi um choque para Pequim, que há quase dois meses não diagnosticava um caso.

O surto foi detetado no principal mercado abastecedor da capital chinesa. Na últimas 24 horas, a China diagnosticou 44 novos casos de Covid-19, incluindo 31 em Pequim.

De acordo com os dados oficiais, desde o início da pandemia, a China registou 83.265 infetados e 4.634 mortos, devido à Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 438 mil mortos e infetou mais de oito milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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