Apenas 5% das empresas ainda não abriram portas após confinamento

Dados do Banco de Portugal e INE mostram que a percentagem de empresas em funcionamento subiu para 95% na primeira quinzena de junho. Setor do alojamento e restaurantes valor é mais baixo: 77%.

Gradualmente, as empresas vão voltando à atividade após o estado de emergência ter fechado as portas a muitos negócios nos últimos meses. Dados do Banco de Portugal e INE mostram que a percentagem de empresas em funcionamento subiu para 95% na primeira quinzena de junho. Ou seja, 5% das empresas ainda não abriu portas. No setor do alojamento e restaurantes, a retoma está a ser mais lenta: apenas 77% das empresas do setor voltou à atividade.

Estes dados marcam uma evolução positiva em relação ao final do mês passado, quando se deu a transição para a terceira fase do plano de desconfinamento apresentado pelo governo. No final de maio, já 92% das empresas tinham voltado a laborar. Este número subiu 3 pontos percentuais nos primeiros 15 dias de junho.

No caso do alojamento e restaurantes, um dos setores mais castigados pela pandemia, o regresso à atividade também conheceu desenvolvimentos positivos nas últimas duas semanas. Quase oito em cada dez empresas já reabriram portas. É um valor que compara favoravelmente com o final de maio, em que menos de seis em cada dez empresas e estava de portas abertas.

O inquérito do Banco de Portugal e INE destaca ainda que 68% das empresas reportou um impacto negativo no volume de negócios face à situação que seria expectável sem a pandemia. Também aqui os dados mostram progressos face ao mês passado, quando 73% das empresas se referia ao impacto negativo do coronavírus na faturação. Restaurantes e alojamento e Transportes e armazenagem foram os setores onde mais as empresas reportaram reduções no volume de negócios, 88% e 77%, respetivamente.

Sobre o que aí vem, um quarto das empresas considera que o seu volume de negócios não deverá regressar ao nível normal nos próximos seis meses, pelo menos.

Em relação ao impacto no emprego, também há melhorias a registar da segunda quinzena de maio para junho: a percentagem de empresas que assinalaram uma redução do pessoal ao serviço efetivamente a trabalhar face à situação que seria expectável sem pandemia baixou de 45% para 39%.

Neste indicador, o setor de restaurantes e alojamento, fortemente ligados ao turismo, volta a apresentar números menos positivos em relação ao resto da economia: 67% referem um impacto negativo no pessoal ao serviço, isto apesar da descida de 6 pontos percentuais face à quinzena anterior.

(Notícia atualizada às 11h54)

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