Marcelo admite “medidas mais duras” para travar contágios e ajuntamentos
Presidente da República admite medidas mais restritivas para impedir aumento descontrolado do número de casos e travar ajuntamentos.
Portugal continua sem conseguir travar o aumento de casos de infetados pelo novo coronavírus. O Presidente da República admite que as autoridades podem tomar “medidas mais duras” para impedir o descontrolo da pandemia e travar ajuntamentos de pessoas.
“Na medida em que for necessário, se for muito necessário, terá de se aplicar medidas proporcionais ao que é necessário”, começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa este domingo, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.
“Estamos na fase de tentar persuadir, mas é evidente que se houver casos pontuais, específicos, em que haja necessidade de tomar medidas para determinadas localidades, freguesias ou áreas de freguesias, ou haja necessidade de tomar medidas mais duras em termos de intervenção das autoridades para impedir ajuntamentos e para responsabilizar por ajuntamentos, multiplicam-se as participações ao Ministério Público e aí as pessoas, jovens e não jovens, percebem que começam a ter um problema grave em cima dos seus ombros”, explicou.
"Se houver casos pontuais, específicos, em que haja necessidade de tomar medidas para determinadas localidades, freguesias ou áreas de freguesias, ou haja necessidade de tomar medidas mais duras em termos de intervenção das autoridades para impedir ajuntamentos e para responsabilizar por ajuntamentos, multiplicam-se as participações ao Ministério Público e aí as pessoas, jovens e não jovens, percebem que começam a ter um problema grave em cima dos seus ombros.”
De acordo com o último balanço da Direção-Geral de Saúde, foram confirmados mais 292 casos de coronavírus nas últimas 24 horas, com o número total a subir 0,75% para 39.133 infetados. Lisboa e Vale do Tejo concentrou 77% dos novos casos, mantendo-se como principal região onde o surto está mais ativo.
Esta segunda-feira há reunião do gabinete de crise da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, com todos os autarcas da área metropolitana e com o primeiro-ministro. Marcelo disse que apoiará as medidas que forem necessárias adotar para controlar o surto na região.
“Aquilo que o Governo entender, na base da posição dos autarcas e sobretudo do juízo das autoridades sanitárias sobre o que deve ser feito, eu acompanho atentamente isso ou posso apoiar aquilo que for necessário para impedir o descontrolo do processo que tem vindo a ser cuidadosamente controlado”, disse.
Nos últimos dias foram relatados casos de ajuntamentos de centenas de pessoas, na praia de Carcavelos, no Porto e em Braga, obrigando as forças de segurança a atuar e adotar medidas de dispersão.
Um dos casos mais problemáticos diz respeito a uma festa em Lagos, Algarve, com cerca de uma centena de pessoas, e que já registou 90 casos de Covid-19, segundo as autoridades.
(Notícia atualizada às 18h08)
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