Lucro da Scor encolhe 91% no primeiro semestre
O segundo trimestre da resseguradora encerrou com prejuízo líquido de 136 milhões de euros, quebrando o lucro apurado um ano antes em 188%. O impacto da pandemia é estimado em 456 milhões.
A Scor, companhia francesa que atua no mercado global de resseguro (Life e P&C), apurou 26 milhões de euros de lucros no primeiro semestre, contabilizando declínio de 90,9% em comparação com o resultado líquido alcançado nos primeiros seis meses de 2019.
Em comunicado, a companhia – que assume deter a 4ª posição entre as maiores resseguradoras do mundo – estima que, na primeira metade de 2020, a pandemia de Covid-19 teve um custo total estimado de 456 milhões de euros (líquido de retrocessão, de prémios e antes de impostos).
O impacto estimado da Covid-19 nas contas distribui-se em 248 milhões pela área de resseguro de danos e responsabilidade civil patrimonial (P&C); 194 milhões em conceito de resseguro Vida (Life) e 14 milhões de euros em matéria de investimento.
Citado no comunicado, Denis Kessler, PdG (Presidente e diretor-geral), comenta: “Face à pandemia de Covid-19, a SCOR demonstra mais uma vez a sua capacidade de absorver grandes choques e a resiliência do seu modelo de negócio”.
Em termos de indicadores operacionais, o volume bruto de prémios (8 195 milhões de euros) apontou acréscimo homólogo de 1% a taxas de câmbio constantes (+2,3% ao câmbio corrente).
Por ramos de negócio, os prémios na unidade Scor Global P&C (propriedade e danos) cresceram 0,9% (em base cambial constante), sendo que a rentabilidade técnica foi pressionada pelo efeito da pandemia e o rácio combinado agravou-se para 102,3%.
Já na Scor Global Life (Vida) os prémios brutos progrediram os mesmos 1% a taxas de câmbio constantes (+2,5% ao câmbio corrente) com a margem técnica nos 5,4%, acima do alvo inscrito no plano estratégico da companhia.
O rácio de solvabilidade do grupo é estimado nos 205%, um nível que a Scor considera satisfatório face ao intervalo 185%-220% definido no plano estratégico (Quantum Leap).
Segundo explica o comunicado da resseguradora, o rácio desceu face a dezembro de 2019 mais por causa dos movimentos nos mercados de capitais (taxas de juro e spreads de crédito), e em menor medida por via do impacto estimado da pandemia (Covid-19).
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