Lojistas com quebras médias de 40,2% desde 1 de junho
"Seria de esperar estarmos, nesta fase, a verificar uma recuperação clara, mas o que se verifica é a continuação de fortes perdas nas lojas de todo o país", diz Miguel Pina Martins.
A Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) contabiliza perdas dos lojistas de 40,2% desde 1 de junho, de acordo com dados do observatório que a entidade tem vindo a publicar devido à pandemia de covid-19.
Em comunicado, a AMRR, que monitoriza as vendas semanais em lojas de rua e centros comerciais, referiu que a “média das últimas oito semanas (desde 1 de junho) aponta para quebra de vendas média de 40,2%”.
Na mesma nota, a associação detalhou que “Lisboa acentua diferenças face ao resto do país, com quebras de vendas médias no mesmo período de 42,3%”.
A AMRR, que recolheu dados em mais de 2.500 lojas de associados, atualizou, neste observatório, as vendas entre os dias 20 e 26 de julho, altura em que “a quebra de venda média fixou-se nos 37,7% face a período homólogo”.
Por sua vez, “Lisboa segue com perdas de 41,8% nesta semana de análise, face ao resto do país que registou quebras de vendas de 33,2%”, de acordo com a AMRR.
“Olhamos para estes dados com preocupação. Seria de esperar estarmos, nesta fase, a verificar uma recuperação clara, mas o que se verifica é a continuação de fortes perdas nas lojas de todo o país, em especial na Área Metropolitana de Lisboa. Há três semanas consecutivas que a região da capital tem vindo a aumentar a diferença face ao resto do país, com perdas quase inalteradas, sempre na ordem dos 40%” destacou Miguel Pina Martins, presidente da AMRR, citado na mesma nota.
O responsável recordou ainda que “os lojistas têm feito investimentos avultados na formação de todos os colaboradores e na alteração dos espaços para segurança de todos os que os visitam” e garantiu que “não há conhecimento de um só surto originado ou propagado nos centros comerciais”.
Miguel Pina Martins pediu ainda que a região de Lisboa “deixe de ter os horários reduzidos e que, em todo o país, possam ser atenuadas as limitações gerais de lotação. Ir às lojas é seguro. Todos os lojistas, tanto os de rua como os dos centros comerciais, têm feito um esforço enorme nesse sentido”, destacou.
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