Brasil: Prémios de seguro crescem 33% para 3,65 mil milhões de euros só em junho

  • ECO Seguros
  • 26 Agosto 2020

A receita conjunta do segmento pessoas e danos no 1º semestre superou o segmento previdência e poupança. Este destacou-se com subida mensal mais acentuada e maior valor absoluto do setor.

A receita dos segmentos de seguros privados supervisionados no Brasil alcançou 23,35 mil milhões de reais (cerca de 3,65 mil milhões de euros) no último mês do primeiro semestre, anotando crescimento de 32,9% em junho, face a maio, indica o boletim mensal da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Salientando que o setor encerrou o semestre próximo dos patamares de receita somada em igual período de 2019, o supervisor brasileiro assinala que embora se verifique “uma queda de 4,3% no acumulado do ano” (até junho e em relação ao mesmo período de 2019), “já se verifica uma recuperação, principalmente nos segmentos de seguros de danos e pessoas”.

Na síntese informativa mensal, destacam-se: Crescimento do volume de prémios recebidos em todos os segmentos do setor; Seguro de automóveis, com retoma em junho, quando comparado com maio; Grande aumento do volume de sinistros no seguro de Fiança Locatícia [garantia acessória de arrendamentos]; Retorno da captação líquida (total de contribuições menos o total de resgates) nos produtos de acumulação [poupança] para padrões anteriores à pandemia (covid-19).

Após queda de 23,2% nos valores de maio de 2020 em relação a igual mês do ano anterior, “junho já apresenta um crescimento de 5,9% frente ao mesmo mês de 2019”, nota a Susep salientando o desempenho dos produtos de acumulação, com aumento de 52,7% (-7,5% no acumulado face ao 1º semestre de 2019).

No período de janeiro a junho, os produtos de acumulação contabilizaram receita de 53 mil milhões de reais, equivalendo a cerca de 44% do total da receita bruta do setor de seguros privados.

Nos produtos acumulação, por um total de 10,91 mil milhões de reais em junho (47% da receita bruta total do setor no mês), a estatística inclui a Previdência tradicional, o VBGL (Vida Gerador de Benefícios Livres) e o PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres), ambos concebidos como “planos de sobrevivência” (poupança-reforma), respetivamente, de seguro de pessoas e de previdência complementar aberta e que proporcionam aos aforradores rendimento mensal ou vitalício, diferindo um do outro (em boa parte) pelo regime tributário que lhes é aplicado.

Com segundo maior peso na receita bruta total acumulada (janeiro a junho), o segmento danos (seguro automóvel e seguro de Fiança Locatícia) contabilizou 36,71 mil milhões de reais, representando 30,2% do total da receita semestral.

A informação da Susep apresenta outro capítulo, juntando seguros Pessoas e Danos, em que o segmento ‘pessoas’ inclui seguros Vida, acidentes pessoais e crédito, enquanto ‘danos’ abrange diversas categorias (multirriscos; patrimoniais, habitação; transporte; rural; marítimos e aeronáuticos e até microsseguros). No mesmo capítulo, a receita acumulada do par “pessoas e danos” (cerca de 57 mil milhões de reais) supera o peso de “produtos de acumulação.”

A síntese mensal com os principais dados do mercado brasileiro é produzida com base nas estatísticas geradas pelo gabinete de Estudos e Relações Institucionais do organismo que tem sede no edifício do banco central (BC), a partir dos dados encaminhados pelas companhias supervisionadas, através do sistema FIPSUSEP (Formulário de Informações Periódicas da Susep).

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