Bancos centrais passam rasteira às bolsas. Lisboa cede 1%

Atas das últimas reuniões tanto do Banco Central Europeu como da Reserva Federal norte-americana mostraram preocupação das duas entidades sobre a economia. Ações globais reagiram em queda.

O vermelho imperou nas ações mundiais com os alertas dos bancos centrais da Zona Euro e dos EUA, que alertaram para o impacto da pandemia na economia global. Após terem sido conhecidos relatos das duas últimas reuniões de política monetária, as bolsas dos dois lados do Atlântico caíram na sessão desta quinta-feira. Lisboa não escapou e fechou com uma perda de 1,12% para 4.358,47 pontos.

A Mota-Engil liderou as perdas no índice, com um tombo de 3,76%, seguido pelo setor do papel e pasta de papel. A Altri perdeu 3,34%, a Navigator 2,68% e a Semapa 2,14%. Entre os pesos-pesados do PSI-20 destacaram-se as quedas da Galp Energia (2,14%) e do BCP (2%).

A sessão foi também de reação às notícias de que o maior acionista da Nos, a Zopt vai separar-se: para um lado fica a posição de Isabel dos Santos e, do outro, a Sonae. A telecom cedeu 0,33% para 3,59 euros e a retalhista recuou 1,07% para 0,5995 euros. Em sentido contrário, a EDP Renováveis ganhou 0,72% e foi uma das quatro cotadas no verde.

A desvalorização da bolsa de Lisboa segue em linha com a tendência na Europa, onde o Stoxx 600 perdeu 1,02%. O índice alemão DAX recuou 1,1%, o francês CAC 1,3% e o espanhol IBEX 35 cedeu 0,8%. Da mesma forma, também Wall Street segue em terreno negativo.

A razão para o pessimismo são as minutas das últimas reuniões de política monetária de dois dos maiores bancos centrais do mundo. Do lado do Banco Central Europeu, é repetida a palavra “incerteza” 20 vezes, com os governadores presentes no encontro a sublinharam o elevado grau de incerteza em relação aos desenvolvimentos económicos e financeiros. Apesar disso, já há quem veja o fim dos estímulos monetários.

Já a Reserva Federal norte-americana (Fed) diz esperar um forte impacto da pandemia na economia dos EUA. O alerta foi feito na mesma altura em que foi conhecido que o PIB do país contraiu 32,9% em termos homólogos no segundo trimestre.

(Notícia atualizada às 16h55)

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