Fidelidade avança com aumento de capital. Vai arrumar a casa
Multicare e Fidelidade Assistência passam a depender formalmente da holding que aproveita para devolver 12,9 milhões cedidos pela Fosun para a compra da Luz Saúde.
A Fidelidade reagendou para 22 de setembro a assembleia geral que vai aprovar alguns passos de uma nova arrumação do grupo que estavam previstos para finais de 2019. Este adiamento resultou, segundo fonte da companhia, “de os aumentos de capital em espécie precisarem de um conjunto de avaliações e autorizações administrativas que têm que ser renovadas e só agora, neste contexto, foi possível fazê-lo”.
A operação reflete uma reorientação da companhia após a aquisição da Fidelidade pelo grupo Fosun, em que este ficou com 84,99% do capital, a Caixa Geral de Depósitos com 15% e o restante 0,1% ficou distribuído entre colaboradores e ações próprias. Até esse momento era entendido que a seguradora de saúde Multicare e Fidelidade Assistance seriam empresas que poderiam prestar serviços a terceiros ao grupo e daí terem ficado fora de perímetro formal do grupo, com uma repartição de capital de 80% para a Fosun e 20% para a Caixa.
Com esta operação a concretizar agora, o grupo Fidelidade pretende integrar Multicare e Fidelidade Assistance “na continuação da estratégia atual que consiste na criação de diversos ecossistemas integrados e com oferta verticalizada na estrutura do grupo”. Daí ser necessário alguma engenharia jurídico-financeira na troca de participações “As empresas passarão a ser detidas pela Fidelidade, mantendo-se, após a concretização do aumento de capital, as posições acionistas relativas dos dois maiores acionistas da Fidelidade: Fosun e CGD”, confirma a mesma fonte.
Nesta operação haverá ainda uma transformação em capital de prestações suplementares de capital da Fosun no de 12,97 milhões de euros valor que esta acionista disponibilizou à Fidelidade para aquisição da Luz saúde.
Segundo a Fidelidade “o rácio de solvência resultante da operação agora proposta manter-se-á acima dos 160% em linha com o mercado e com as exigências regulatórias”, acrescentando que “é um rácio de solvabilidade muito sólido que permitirá a continuação da política de expansão internacional da companhia bem como a continua aposta no crescimento da operação em Portugal, apesar do contexto em que vivemos”, conclui a mesma fonte.
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