Lloyd’s reabre a 1 de setembro com uso obrigatório de máscaras

A 19 de março, uma quinta-feira, a entidade gestora do mercado mandou tocar a histórica sineta (Lutine Bell) instalada no átrio central do icónico edifício londrino. Ouviu-se uma rara badalada e o mercado encerrou atividade presencial.

O sino deverá voltar a tocar na reabertura do imóvel tubular que alberga o mais antigo mercado de seguros do mundo, mas nada será como dantes, uma vez que o “novo normal” impõe protocolo rígido de prevenção contra o novo coronavírus (Covid-19). Os titulares de cartões de livre-trânsito estão sujeitos a uso obrigatório de máscara facial e a entrada no edifício será autorizada apenas para alguns dias da semana consoante a linha de negócio a que cada profissional esteja ligado.

A reabertura da enorme sala de subscrição (Underwriting Room) acontecerá mesmo a 1 de setembro (salvo alguma restrição inesperada do Governo do Reino Unido), sujeita à observância de lista detalhada de procedimentos de segurança e higiene, conforme antecipava um plano de retoma de atividade divulgado em junho.

Entre outras condições, a lotação da sala será reduzida a 45% da capacidade habitual, por forma a garantir as regras de distanciamento social, enquanto os guichets de negócio estarão equipados com placas de acrílico transparente de modo a que os diálogos de confidencialidade possam continuar a ser realizados. Além destes requisitos de convivência, o espaço terá horários alterados e as instalações serão objeto de rituais de limpeza e desinfeção sistemáticas.

Note-se que a retoma gradual das atividades presenciais não sucede a uma paragem total do mercado, dado que a entidade gestora do Lloyd’s já havia implementado (no início do ano) e depois, com a pandemia, incentivou o recurso à utilização das plataformas digitais certificadas de modo a assegurar a continuidade operacional dos mais de 90 sindicatos que operam no mercado tricentenário.